Turismo

Águas Quentes: governo de MT quer investimento de R$ 17 milhões em parque estadual

A ideia é apresentar até o fim do ano quem administrará o local pelos próximos 30 anos, mas empresários questionam se haverá lucro

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Águas Quentes: governo de MT quer investimento de R$ 17 milhões em parque estadual
Fotos: Divulgação/Arquivo

Mais uma etapa da concessão do Parque Águas Quentes – localizado em Santo Antônio de Leverger (36 km de Cuiabá) – foi realizada nesta quarta-feira(5). A estimativa do governo do Estado é que até o final do ano já se saiba o nome da empresa ou consórcio que assumirá o espaço, hoje gerido pelo Hotel Mato Grosso.

A estimativa anual de receita, conforme o estudo contratado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), é de R$ 13,4 milhões, dos quais R$ 7,3 milhões serão destinados às despesas operacionais.

Porém, os interessados precisam estar preparados para investir no espaço, que segundo as projeções de referência arquitetônicas sofrerá muitas intervenções. Estão previstas reformas e adequação do que está lá, além da inserção de novos espaços como tendas, chalés e louges de imersão dentro da mata.

A ideia é uma remodelagem geral, orçada inicialmente em R$ 17,1 milhões.

Entre os participantes da audiência, que foi em ambiente virtual, houve alguns questionamentos. Um deles foi com relação aos valores estimados de receita.

O empresário Leopoldo Nigro argumentou que os orçamentos levaram em consideração os valores praticados em 2019 e, desde então, muita coisa mudou.

“Devido à pandemia, o hotel está fechando com apenas 18% de ocupação”, ele lembrou.

Outra pontuação foi com relação ao prazo em que o hotel ficará fechado por conta das reformas, pois é impossível fazer as alterações necessárias e ainda manter a satisfação dos clientes.

O empresário Luiz Carlos Nigro questionou a mudança no perfil do consumidor a partir da instalação das novas estruturas. A área de tobogãs, por exemplo, será retirada e as crianças terão que ser atraídas para atividades de interação com a natureza.

Fotos: Divulgação/Arquivo

“É preciso atrair um novo público ou readequar o público alvo. Os níveis de faturamento chegarão perto do zero. Se for mantido esse tipo de proposta, nós da LM Hotelaria não temos interesse de participar”, afirmou.

Segundo Nigro, o cenário econômico atual não é compatível com as metas financeiras exigidas pelo contrato.

A reserva termal foi criada em 1938 e o empreendimento turístico foi inaugurado em 1944. A empresa que está na gestão do hotel fez um contrato de arrendamento para tal há mais de 20 anos.

O vencedor da nova proposta poderá atuar por 30 anos, sendo que a vencedora será quem oferecer a maior outorga fixa, que sairá de R$ 5 milhões.

Etapas do processo

31 de agosto – consulta pública para colher contribuições para o aperfeiçoamento do processo de licitação.

17 e 21 de agosto – reuniões individualizadas com os interessados. Agendamento deverá ser feito até 14 de agosto. Sessenta minutos por inscrito.

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