Agro

Agronegócio: 2ª maior feira tecnológica do país vai neutralizar gás do efeito estufa

Show Safra deve reunir 700 marcas para movimentar quase R$ 10 bilhões, mas de olho na sustentabilidade

3 minutos de leitura
Agronegócio: 2ª maior feira tecnológica do país vai neutralizar gás do efeito estufa
(Foto: Reprodução/Fundação Rio Verde)

A feira tecnológica de agronegócio Show Safra deve realizar a edição 2023 com neutralização de todo o gás carbônico – aquele responsável pelo efeito estufa – que for emitido nos dias do evento. A ideia é incorporar à feira uma prática de sustentabilidade ambiental defendida pelos organizadores. 

“É um evento foco na economia circular, estamos muito preocupados com a sustentabilidade. Vamos neutralizar o gás carbônico e dar um destino certo para os resíduos que ficarem. Isso vai ser possível porque temos uma área maior do que a do evento e temos uma área de mata que contribui para isso”, diz o vice-presidente do Show Safra, Marino Franz. 

A feira é realizada pela Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá). Em termos de negócio, ela é o segundo maior evento do agronegócio do país. Em 2022, foram movimentados R$ 8,5 bilhões; para este ano, a expectativa é manter a cifra com projeção de maior volume. 

Conforme a organização, 400 empresas, representantes de 700 marcas, devem se reunir na feira entre os dias 20 e 24 de março. Além dos grupos brasileiros, devem expor companhias americanas, argentinas e alemãs. 

Aprimoramento do agronegócio 

O empresário Marino Franz diz que a Show Safra se sustenta no tripé cultivo, tecnologia e maquinários. Os expositores estão na fronteira da inovação tecnológica do momento, e o objetivo é incorporar os produtos ao dia a dia do campo.  

Marino Franz, vice-presidente da feira do agronegócio Show Safra
(Foto: Ednilson Aguiar/O LIvre)

“Os visitantes têm a experiência de imersão no processo científico para entender como é que a tecnologia funciona e isso traz crescimento para a produção. Vou dar um exemplo: em 2006, Mato Grosso produzia 3,5 milhões de toneladas de milho safrinha. A Fundação Rio Verde melhorou o sistema de plantio. O sistema era de 90 cm de cultivo e passou para 45, 50 cm. Hoje, a safra vai ser de 45 milhões de toneladas. O milho vai ultrapassar a soja [no volume de produção] sem derrubar uma árvore, sem agredir o meio ambiente”, comenta. 

A avaliação é que o que gerou o aumento foram janelas de aprimoramento em segmentos do agro, como mudanças na genética de grãos e sementes e maior controle da química, além de maquinários e indústria de transformação – a conversão das commodities em outros produtos. 

 A retroalimentação tecnológica é sustentada pelo espaço a startups, empresas pequenas com foco em desenvolvimento e aprimoramento dos modelos de negócios. Os organizadores afirmam que o espaço da feira é voltado 100% para esses grupos de inovação.

Neutralização do efeito estufa

A neutralização dos gases de carbono, causadores do efeito estufa, é apontada como parte da agenda tecnológica. A estratégia se baseia na economia circular. O modelo de produção é um contraste à economia linear, em que explora o meio ambiente, fabricam produtos, geram uso e depois vai para descarte. 

 A ideia é passar com essas etapas, mas o com retorno ao ponto inicial por meio da recuperação ambiental. A aposta da Fundação tem sido o plantio de bambu e eucalipto.

LEIA TAMBÉM

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes