Um dos alvos presos na Operação Peixe Grande, realizada hoje (28) pela Polícia Federal, foi um advogado morador de Pontes e Lacerda (445 km de Cuiabá).
Segundo a PF, ele comprava ouro no Garimpo Sararé e revendia a outros comerciantes de joias em Mato Grosso. Apesar do esquema de venda de ouro ilegal, conforme informação da PF, ele recebeu auxílio emergencial durante a pandemia da covid-19. A informação foi repassada à Justiça e ao Ministério Público, que investigará a possível fraude.
O advogado é considerado o alvo mais importante da operação em que dois mandados de prisão foram cumpridos e outros dois alvos seguem foragidos. Todos os mandados de prisão eram em Pontes e Lacerda.
O grupo, em parte formado por proprietários ou sócios de empresas de jóias, movimentou mais de R$ 47 milhões em menos de 3 anos.
“Portanto, presume-se que eles utilizavam de sua atividade lícita, afim de ‘esquentar’ o ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé”, disse o delegado Rodrigo Vitorino Aguiar, responsável pela operação.
Segundo o delegado, o objetivo da operação é descapitalizar a associação criminosa que, ao extrair ilegalmente ouro, degrada o meio-ambiente, polui os rios da região, causa danos sociais à população indígena local e desestabiliza o mercado financeiro.