Comportamento

Adotar animal idoso é muito diferente de um filhote? Especialista dá dicas de adaptação

Pets mais velhos acabam ficando mais tempo em abrigos, enquanto os mais novos ganham novo lar com facilidade, por conta da idade

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Adotar animal idoso é muito diferente de um filhote? Especialista dá dicas de adaptação
Bruce, adotado aos 10 anos de idade (Foto: Laura Resende)

O abandono de animais é um assunto sério e quando falamos em adoção, os filhotes são os primeiros a ganharem um lar, enquanto os idosos acabam permanecendo em abrigos. Segundo o Projeto Lunaar, de Cuiabá, ONG que resgata, abriga e disponibiliza animais para adoção, gatos idosos raramente são adotados e acabam ficando no abrigo.

Acrescenta ainda que, até hoje, apenas três cães de idade ganharam um lar, todos os outros permanecem na ONG até o fim da vida. Geralmente, o custo que um animal mais velho pode gerar, e a dificuldade de adaptação, são as primeiras justificativas de quem opta por um pet mais jovem. Mas será que realmente há tanta diferença?

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Cuiabá (Unic), Lázaro Camargo, explica que qualquer animal irá precisar de cuidados.

“Independentemente da idade, as vacinas devem estar em dia, será preciso acompanhar a saúde do animal e tudo mais. A única diferença é que um animal mais idoso pode demandar cuidados especiais mais cedo. No entanto, um filhote também precisa de uma maior atenção, então a situação acaba não mudando muito”, comenta.

Sobre as vantagens de adotar um pet mais velho, o professor destaca a noção do porte do animal. “Quando você opta por um filhote de abrigo, não dá para se ter certeza do tamanho que o animal vai ficar. A pessoa terá, no máximo, uma noção. Já um cachorro idoso, a pessoa já sabe o porte do animal e pode escolher o que melhor se adaptará ao seu espaço”.

Além disso, Lázaro fala do fato de se poder adotar os mais tranquilos. “Para quem mora em apartamento, ou precisa de um bichinho mais quieto, os idosos são as melhores companhias”, diz.

Ao falar de adaptação do pet de idade avançada ao novo lar, o coordenador elenca algumas dicas. Primeiramente, diz que mesmo traumatizados com o abandono ou qualquer outro motivo, uma nova casa, com donos amorosos e pacientes, são essenciais para que eles se sintam ambientados.

Confirma alguns cuidados que ajudam na integração de um animal idoso:

– Mantenha uma rotina: animais adoram ter hora correta para passeio, brincar, comer etc. O organismo deles funciona como um reloginho e ter horário definido para todas as atividades, ajuda no processo;

– Caso o animal tenha um pano preferido, caminha, pote de ração/água, ou até um brinquedo que goste, leve os itens com você para casa. Isso ajuda na familiarização do ambiente e faz com que ele se sinta bem;

– Mantenha o pet ativo. Atividades e brincadeiras não são dispensáveis apenas porque o animal é mais velho. Brinque, estimule pulos e corridas. Saia para passear ao menos uma vez por dia;

– Tem outros animais em casa? Faça o primeiro contato em locais neutros e fique por perto caso perceba algum estranhamento. Algum deles estranhou? É só chamar atenção e seguir com a tentativa de contato;

– Choros, inquietudes e grunhidos são normais nos primeiros momentos, principalmente depois de ficarem sozinhos por um tempo. Esses sinais são comuns e passageiros, então, não há com o que se preocupar, apenas ofereça amor e atenção;

– Mantenha as vacinas em dia e faça visitas periódicas ao veterinário.

(Da Assessoria)

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