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Acadêmicos da Unemat Sinop protestam contra onda de violência nas proximidades do campus

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Acadêmicos da Unemat Sinop protestam contra onda de violência nas proximidades do campus

“Não podemos ficar caladas diante desta extrema violência que nos choca, nos enoja e nos encarcera. Hoje as vítimas são elas mas poderia e vai ser qualquer uma de nós se a impunidade continuar nos vitimando”, desabafou Vanessa Biolchoi, acadêmica e uma das organizadoras do protesto realizado na noite desta sexta-feira no campus da Unemat Sinop (500 Km de Cuiabá).

A mobilização busca justiça para as duas estudantes da universidade, vítimas de estupro e violência, que foram atacas na região nesta semana. Os fatos ocorreram próximos à mata que rodeia a estrutura do campus. Além do medo da violência física e sexual, os organizadores do movimento dizem que existe o medo da impunidade e da minimização dos fatos que vêm acontecendo.

“Infelizmente não é de hoje que os estudantes desta universidade vêm sendo vítima de roubos e outras intimidações. Não estamos seguros e precisamos que algo seja feito com urgência para a mudança deste cenário”, ressaltou Vanessa.

Entre as medidas solicitadas pelos acadêmicos na tentativa de trazer mais segurança na região estão a implantação de um ponto de ônibus na porta da universidade, a criação de uma patrulha policial, principalmente no horário de maior fluxo, e o cerceamento da mata que rodeia o campus. Um abaixo-assinado foi passado pelos estudantes para conscientizar as autoridades da necessidade da implantação das medidas.

À frente da conscientização dos direitos das mulheres, a professora do curso de matemática da instituição, Thielide Pavaneli realizou uma longa palestra aos estudantes alertando sobre a necessidade da defesa do direito das mulheres.

“Tem pessoas que insistem em dizer que estas estudantes não poderiam estar ali naquela hora, mais uma vez culpabilizando a vítima. Se fosse dessa maneira, não existiria violência na parte da manhã, as mulheres não seriam atacas por seus cônjuges. Na verdade, é que temos que acabar com a cultura de violência contra a mulher e temos que, de fato, garantir a segurança a todos”, ressaltou a professora.

Para a estudante de administração, Priscila Dias, infelizmente o crescimento de Sinop traz com ele a violência e a mulher é uma vítima ainda maior. “Além de termos nossos objetos de valores roubados, temos o nosso corpo invadido, somos machucadas de tal maneira que tenho certeza que não vai ser fácil para essas meninas se recuperarem. Enquanto esse bandido não for preso, não temos como ter paz”, disse.

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