O deputado federal Abílio Brunini (PL), “enquadrou” o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, sobre as questões ideológicas aplicadas nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Palácios compareceu na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na semana passada para prestar esclarecimentos sobre a prova. A oposição do Governo Lula denuncia a aplicação de ideologia nos questionamentos das matérias.
“O que estamos vendo hoje é que vocês estão fazendo uma seleção de militontos para as universidades, a prova é clara do início ao fim. Vocês começam afirmando aquela narrativa de valores que vocês concordam e faz um questionamento destrutivo das quais não concordam e nós já sabemos que o senhor é um militante, militonto da turma do PT. Foi secretário da Dilma, do grupo do PT, tinha interesse claro em fazer a distorção ideológica”, argumentou o deputado mato-grossense.
Abílio argumentou que o próprio presidente do Inep é um militante de esquerda.
“Só faltou ele colocar na prova: A Dilma sofreu um golpe ou foi impeachment e quem responder a segunda alternativa estará errado. Tratar o presidente do INEP como uma pessoa qualquer que queria fazer uma simples prova é ignorância nossa. Não podemos falar que esse cara não é um militante. Do Governo Dilma”, disse.
O parlamentar chegou a ter a fala interrompida, mas concluiu seu raciocínio afirmando que o propósito dessa prova era selecionar “militontos” para manipulação e ampliação futura da base eleitoral da esquerda nas universidades federais.
“Se você defende o agro e economia, você reprova. As afirmações que estou fazendo são claras. A prova é ideológica porque eles querem selecionar militontos para dentro das universidades, que depois eles possam manipular essas pessoas e ampliar sua base política”, pontua.
Manuel se defendeu, no geral, afirmando que o Enem 2023 foi construído a partir de critérios técnicos e objetivos.
“Nós estamos falando de professores que foram selecionados em 2020 e que estão exercendo essa atividade até hoje. Se há algum tipo de seleção enviesada, ela vem sendo enviesada há muito tempo”, disse o presidente do Inep. “Na verdade, não há nada além da seleção pública de profissionais da educação por meio de critérios objetivos de currículo”, garantiu.
Veja o vídeo
Ver essa foto no Instagram
