O Cinema e o Audiovisual tendem a seguir em ascendência em Mato Grosso. Várias produções têm sido realizadas via estímulo de editais do Governo de Mato Grosso, novo edital foi lançado nesta semana e, neste período de efervescência, a Universidade Federal de Mato Grosso acaba de anunciar a criação do bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFMT. Há muito tempo profissionais do segmento vêm cobrando a oferta do curso.
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A partir de março de 2018, através do Sisu, serão ofertadas 30 vagas anuais para a graduação, sendo 15 para o primeiro semestre e 15 para o segundo. Os estudantes terão o período mínimo de oito e máximo de doze semestres para concluir o curso.
Os professores da Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso (FCA/UFMT) explicaram em cerimônia realizada na quinta-feira (30), que o curso vai substituindo gradualmente, o curso de Radialismo.
Durante o evento os professores do Núcleo de Radialismo expuseram aos presentes a nova estrutura curricular do curso. Participaram do anúncio a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, professora Lisiane Pereira de Jesus, o diretor da FCA, professor Aclyse de Mattos e o chefe do Departamento de Comunicação Social, professor Javier Lopez Dias, além de professores e estudantes da graduação em Radialismo.
“Os dois cursos vão conviver simultaneamente, até que se forme o último aluno de Radialismo”, destacou o coordenador de ensino e graduação, Moacir Francisco, que está à frente do processo de transição entre as duas estruturas curriculares.
Ainda de acordo com o professor Moacir Francisco, os estudantes de Radialismo terão a oportunidade de realizar as disciplinas da nova estrutura que não possuem equivalência na graduação atual de maneira complementar. “São disciplinas como Cinema Brasileiro, Teoria do Cinema e Animação, que serão ofertadas para os alunos do curso de Radialismo como disciplinas optativas”, observou.
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Professores apresentaram novo curso aos alunos
O curso de Cinema e Audiovisual da UFMT foi criado pela Resolução Consepe nº 133, de 30 de outubro de 2017, que aprovou o Projeto Pedagógico do novo curso.
A implantação dessa graduação é uma antiga reivindicação dos profissionais da área. “Há, muitas vezes, uma ideia equivocada de que o profissional de Radialismo tem como campo de atuação somente o Rádio, quando na verdade ele é um profissional de audiovisual, podendo atuar em várias frentes, incluindo o cinema”, explicou o coordenador. “A implantação do curso de Cinema e Audiovisual vem corrigir essa defasagem de nomenclatura, no momento em que o mercado expande as possibilidades de atuação desse profissional em face das tecnologias multimídias, principalmente da Internet”, finalizou.
Repercussão
A notícia foi recebida com entusiasmo por profissionais do segmento do audiovisual que atuam em Mato Grosso. É o caso da cineasta Caru Roelis, que conclui neste ano o curso de Radialismo, na UFMT. “Achei incrível essa iniciativa. O investimento na formação audiovisual é vital para que possamos ter filmes com qualidade e que contemple todas etapas, do roteiro à pós-produção”, destaca.
Ela conta que conclui este ano o curso e que o cinema sempre foi seu foco. “Ainda na faculdade eu consegui fazer mobilidade acadêmica, com isso fui pra UFF e cursei um semestre no curso de cinema e audiovisual. Foi bem legal a experiência”, revelando que o curso de Cinema já era muito aguardado pelos alunos.
A vice-presidente do MT Cine – entidade que representa profissionais do setor – Carol Araújo, destaca a institucionalização do setor.
“O MT Cine vê com excelentes olhos, afinal, a cadeia produtiva do cinema começa com a formação. Temos mantido diálogo com o poder público e idealizado ações em conjunto com o Sebrae-MT, Estado de município a fim de estimular a produção local, mas esta, necessita de formação. Não só de cursos e oficinas, mas também, cursos de graduação são necessários para que tenhamos uma cadeia produtiva suficientemente forte”.
Segundo Carol o curso vem coroar todas as ações que estão sendo executadas nestes últimos dois anos no certame do audiovisual. “Vem corroborar para a importância da formação técnica e teórica na área, para que a gente possa conquistar a institucionalização de uma cadeia de produção, com um setor de produção com força maior na cinematografia local”.
(com Assessoria)
