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Sapezal e Campos de Júlio devem produzir 17% do algodão nacional

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Sapezal e Campos de Júlio devem produzir 17% do algodão nacional

 

Ednilson Aguiar/O Livre

algodão, colheita

Colheita de algodão em Mato Grosso

 

Na safra 2016/17, o Brasil deverá produzir  cerca de 3,7 mil toneladas de algodão em caroço, sendo 1,4 mil toneladas de algodão em pluma, um aumento de 15,4% em relação à safra anterior. Em Mato Grosso, dois municípios da região Noroeste devem contribuir de forma maciça para esse recorde: Sapezal e Campos de Júlio, distantes 499 km e 692 km da Capital, respectivamente. Juntos, eles devem produzir 17% da fibra brasileira, cerca de 257,5 mil toneladas.

O número é baseado na produtividade média de 1.589 (kg/ha) estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em junho, o equivalente a 105 arrobas por hectare de pluma. Mais de 162 mil hectares foram semeados neste ciclo nas duas cidades.

Apesar das fortes chuvas no início do desenvolvimento da planta, o que gerou a necessidade de novos plantios em algumas áreas, a expectativa é que a produtividade na região fique acima da média citada pela Conab, revelou o assessor técnico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) Emílio Pereira.

No último informe da Conab, a produtividade média do algodão em caroço em Mato Grosso chegou a 3.973 kg/ha, algo em torno de 265 arrobas. Entretanto, esse número pode variar entre 290 e 350 arrobas, segundo o técnico. “Isso pode ser um pouco superior nesta região especificamente, caso as previsões se confirmem. Existem áreas com previsão de 340, de 350 arrobas por hectare, mas é preciso colocar as máquinas no campo para confirmar”, diz.

Ednilson Aguiar/O Livre

Emílio Pereira

Emílio Pereira, assessor técnico da Ampa em Sapezal

 

Rentabilidade

Enquanto a colheita não começa de fato, o cotonicultor do Noroeste do estado segue atento ao desenvolvimento das plantas e do mercado. O custeio das lavouras aumentou cerca de 9% em relação à safra passada, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para produzir um hectare, foi preciso desembolsar R$ 6,1 mil com despesas referentes apenas às lavouras. Se somados os gastos com impostos, juros de financiamentos e depreciações, o valor sobe para R$ 8,8 mil por hectare – um acréscimo de 14% em relação ao ciclo anterior. 

O técnico da Ampa lembra que os custos variam conforme o tipo de produção e de manejo da lavoura, mas ressalta que está sendo mais rentável produzir algodão do que o milho, cuja saca está cotada em R$ 13,23 no Estado. A produtividade média do cereal é de 95 sacas por hectare na região. “Isso acaba não pagando nem as despesas com o cultivo”.

Conforme o técnico, a média de lucro dos produtores de Sapezal e Campos de Júlio deve chegar a U$S 1 mil por hectare, aproximadamente R$ 3,5 mil.

 

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