Hívena Del Pintor: segundo promotora, a arquiteta precisa providenciar sua defesa em processo judicial
Até o início da noite dessa quinta-feira (08) a arquiteta cuiabana Hívena Del Pintor, denunciada pelo Ministério Público de São Paulo pelo atropelamento de dois garis na capital paulista e morte de um deles, não havia informado seu paradeiro à Justiça. Ela teve a prisão decretada e o caso voltou a ganhar repercussão.
Em entrevista ao LIVRE, a promotora que ofereceu a denúncia, Denise Elizabeth Herrera, disse que o Ministério Público de São Paulo deseja que ela se apresente o quanto antes. “O MP deseja que a ré tenha responsabilidade de se apresentar, apresentar sua versão e que a partir daí os fatos sejam esclarecidos diante da Justiça”, afirmou.
Segundo a promotora, o pedido de prisão de Hívena foi justificado em razão das dificuldades de notificá-la.
“Se você está sendo investigado, a denúncia é regra em todas as ações. Ela já tinha conhecimento da investigação. Tentamos citá-la e houve atraso no andamento do processo justamente porque ela não informou sobre seu novo endereço. Tentou-se citá-la, mas ela não havia informado seu novo endereço. Os advogados que a defenderam no inquérito policial também foram acionados, mas ninguém se manifestou”, explicou a promotora, confirmando que os advogados estavam cientes da investigação.
“Acho que ela não teve a intenção de se manter à disposição da Justiça para definir o destino do processo. Ela tem que manter a Justiça informada, tem que agir com responsabilidade”, completou. Segundo a promotora, se a ré não atualiza seu endereço, ela impede a aplicação da lei. “O decreto de prisão é uma decisão jurídica e fundamentada”, garantiu.
A promotora pontua que Hívena deveria ter agilidade para nomear um advogado – “já que os advogados estão se manifestando sobre o caso, mas não querem falar formalmente” – e colaborar com a Justiça. Agindo desta forma, segundo ela, a arquiteta pode até mesmo ter sua prisão revogada e responder em liberdade.
“Que ela tenha a chance de se defender. É o que esperamos dela; afinal, ainda que ela não tenha tido a intenção, agiu com culpa. Existe uma família que deseja que a Justiça seja feita”.