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Fim das chuvas: Governo e sindicato traçam estratégias para prevenção de incêndios no Pantanal

Entidade rural e poder público se unem em defesa do Pantanal com a proximidade da estiagem

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Fim das chuvas: Governo e sindicato traçam estratégias para prevenção de incêndios no Pantanal

O Sindicato Rural de Poconé participou de uma reunião com o Corpo de Bombeiros e integrantes do Comitê Estadual de Gestão do Fogo para definir quais serão as ações de prevenção e resposta a incêndios na região do Pantanal este ano. O encontro aconteceu na manhã dessa terça-feira (4) na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O coordenador do Comitê do Fogo, coronel Dércio Santos da Silva, explica que o objetivo da reunião foi fazer o alinhamento estratégico das ações que serão executadas no plano de prevenção e combate a incêndios no Pantanal.  Ele argumenta que a experiência adquirida nos anos anteriores mostra que a parceria dos pantaneiros em todas as fases do plano, que contempla a prevenção, preparação, resposta e responsabilização, trouxe resultados positivos como o registrado no último ano, quando houve uma queda expressiva das ocorrências na região durante o período de estiagem.

Na reunião, os participantes identificaram questões prioritárias que já precisam ser trabalhadas, como o fortalecimento da prevenção e educação ambiental dentro dos assentamentos. Outra questão abordada foi a ampliação do diálogo entre governo do Estado, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Fundação Nacional do Ìndio (Funai) para integrar as reservas indígenas, que são gerenciadas pela União, ao projeto.

O coronel Dércio da Silva afirma que as reuniões com o Ibama e a Funai já estão marcadas e terão tratativas não apenas para as reservas localizadas no Pantanal, como em todo Mato Grosso. “Nos anos anteriores, tivemos experiências diferentes em cada uma das localidades. Enquanto algumas eram solícitas em relação a ação do Corpo de Bombeiros, outras eram mais resistentes, o que dificultava até mesmo o trabalho de combate às chamas”, argumenta.

Também está na lista de prioridades feitas pelos integrantes do projeto o contato com a Energisa, concessionária que atua na distribuição de energia. O coronel do Corpo de Bombeiros relata que houve muitos rompimentos de fios nos anos anteriores, sendo que ele mesmo presenciou o incidente em alguns casos, já que estava no local. Para este ano, os bombeiros querem chamar a empresa e identificar formas de reduzir esse tipo de ocorrência.

Parceria no papel

Uma sugestão do sindicato, levada pelo presidente da instituição, Raul Santos, foi acatada pelos demais participantes da reunião e já está em andamento. Trata-se da oficialização das contribuições que cada um dos atores do projeto.

A princípio, estarão presentes na parceria o Corpo de Bombeiros, o Sesc Pantanal, a prefeitura de Poconé e o Sindicato Rural de Poconé e, segundo o coronel, os técnicos estão estudando o modelo jurídico adequado para a parceria, entre eles o Termo de Cooperação Técnica (TCT), que tem validade por 5 anos.

A ideia é que o documento contenha todos os recursos disponibilizados, entre eles máquinas, estrutura física e brigadistas. Para o presidente do Sindicato Rural de Poconé, a oficialização do papel de cada instituição traz mais profissionalismo e clareza na hora de agir, otimizando tempo, recursos humanos e financeiros, bem como contribuindo para o sucesso das ações.

Educação ambiental

A tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Sheila Sebalhos Santana, titular do Comando Regional 1, explica que além do combate aos incêndios, haverá um trabalho criterioso de educação ambiental e prevenção de incêndios na região.

Ela explica que o cronograma dos cursos de capacitação de brigadista será divulgado no final da próxima semana. Junto com ele, serão divulgadas as ações de prevenção de incêndios, muitas delas concentradas em junho, quando se comemora a Semana do Meio Ambiente, entre os dias 5 e 9.

A coronel afirma que a participação dos pantaneiros no processo é essencial e defende que, mesmo com o aumento da incidência de chuvas, a região precisa se manter mobilizada porque a imprevisibilidade é sempre latente na região.

(Da Assessoria)

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