Principal

População de Mato Grosso é uma das que menos se exercita no país

5 minutos de leitura
População de Mato Grosso é uma das que menos se exercita no país

Ednilson Aguiar/O Livre

Centro de Cuiabá

Quantidade de homens que se exercita em Mato grosso é ligeiramente maior que a de mulheres: 36,4% contra 33%

Menos da metade da população mato-grossense pratica atividades físicas diárias, o que coloca o estado na 22ª posição no ranking que avalia a população, de cada uma das 27 unidades da federação, que mais se exercita.

Conforme levantamento inédito feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), por meio do “Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional 2017 – Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas, em 2015”, 34,7% dos moradores do estado praticam exercícios físicos. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (25).

Em relação ao gênero, a quantidade de homens que se exercita em Mato grosso é ligeiramente maior que a de mulheres: 36,4% contra 33%.

A servidora pública estadual Rosana Gonçalves Siqueira, 34 anos, é uma das pessoas que buscam deixar o perfil sedentário para trás. Trabalhando o dia todo e precisando cuidar da filha de dois anos, fruto de um relacionamento que veio ao fim, tem tentado estabelecer uma rotina diária de atividades físicas.

“Não é sempre que consigo deixar a minha filha com a minha mãe. Quando dá, procuro fazer uma caminhada e corrida. O meu médico já me receitou, para a prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo”, contou Rosana.

De acordo com o estudo, o maior percentual de pessoas que se exercitam encontra-se no Distrito Federal (50,4%). Na outra ponta, Alagoas (29,4%).

A população de Mato Grosso aumentou em 120.187 pessoas no período de três anos e saltou para 3.344.544 habitantes atualmente, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no dia 30 do mês passado, no Diário Oficial da União.

Estudo

De acordo com o Pnud, a intenção do estudo é “contribuir para o aumento das práticas esportivas de modo a oportunizar patamares mais elevados de desenvolvimento humano para todas e todos”.

“Os dados analisados reforçam a compreensão de que realizar atividade física e esportiva não se restringe somente a uma decisão individual, mas é também produto de como a sociedade pauta a vida coletiva. Isso significa que aconselhar os indivíduos a praticar mais exercícios, sem criar oportunidades efetivas para as pessoas se engajarem com as práticas, nem enfrentar os condicionantes sociais que limitam o envolvimento, dificilmente mudará o cenário”, consta no relatório.

Como sugestão para melhorar os índices de práticas esportivas no país, o relatório afirma que os governos, o setor privado e as organizações da sociedade civil devem adotar políticas públicas e iniciativas condizentes com a importância das atividades.

“As políticas de promoção de atividades físicas e esportivas não podem estar focadas somente na responsabilização individual e na mudança de comportamento. Diversas condições estruturais causam impacto nessa prática. Assim, as políticas devem corrigir desigualdades, bem como pensar em soluções sistêmicas, com ênfase na participação e no controle social”, ressalta o texto.

Dráuzio recomenda

O Livre

Dráuzio Varella

Durante sua passagem por Cuiabá na semana passada, onde participou como palestrante de um evento sobre Saúde Suplementar organizado pela Unimed, o oncologista e escritor Dráuzio Varella relacionou o sedentarismo a um fator evolucionista – que precisa ser superado diariamente.

“É da natueza humana poupar energia. Antigamente, os humanos se movimentavam para caçar, fugir de situações de perigo e se acasalar. Nós devemos fazer exercícios não porque seja prazeroso, mas porque precisamos”, disse.

Ex-fumante, o oncologista de 74 anos começou a correr aos 50. Atualmente, participa de provas de 42 quilômetros, as chamadas maratonas.

“Eu, por exemplo, quando vou correr não procuro nem pensar muito. Levanto de madrugada, troco de roupa, coloco o tênis e já saio. Nem me alongo, que é para não pensar na possibilidade de voltar para a cama. Somente depois do segundo quilômetro é que vou começando a me conformar a não desistir. O que é realmente prazeroso é a sensação depois de terminar a atividade física, com as endorfinas liberadas pelo corpo”, relatou.

“Para quem mora em Cuiabá, que tem de lidar com esse clima árido e quente, o ideal é se mudar da cidade”, brincou. “Brincadeiras à parte, o certo é procurar fazer exerícios antes do sol nascer ou depois, pela noite. O que não dá é ficar parado. As atividades físicas previnem doenças dos mais variados tipos”, completou.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes