A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (22) a Operação “Escamoteio”, visando combater fraudes praticadas contra o Auxílio Emergencial, cujo pagamento foi efetuado pela Caixa Econômica Federal.
Ao todo foram cumpridos, em Mato Grosso e em outros cinco estados da Federação, quatro mandados de prisão, 18 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e ainda dois mandados de suspensão do exercício da função pública, expedidos pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso.
Os mandados estão sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Petrolina (PE), Campo Magro (PR), Açailândia (MA), Imperatriz (MA) e Caxias do Sul (RS), sendo as prisões em Cuiabá, Várzea Grande e Açailândia.
A operação visa desarticular uma importante organização criminosa especializada em realizar fraudes que causam grandes prejuízos aos cofres públicos. Entre os integrantes da quadrilha, com participação efetiva, estão empregados e terceirizados da Caixa Econômica Federal.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha causava grande desfalque diário de valores que deixavam de ser pagos àqueles que mais necessitavam.
O grupo investigado atuava alterando as informações dos clientes junto ao aplicativo “Caixa Tem” e, posteriormente, transferindo os valores para contas de membros da organização criminosa, efetuando pagamento de boletos ou ainda realizando saques em terminais de auto-atendimento da Caixa.
Até o momento, foi constatado um prejuízo de mais de R$ 1,7 milhão, decorrente das fraudes do Auxílio Emergencial, somente entre os meses de janeiro e junho deste ano.
Operação Escamoteio
O nome da Operação Escamoteio está relacionado com a atuação dos criminosos que se dedicam a furtar valores das contas vítimas e, visando encobrir a ação delituosa, movimentam o produto dos crimes em contas de laranjas.
Trata-se da primeira Operação Policial deflagrada após a inauguração da Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos, criada pela Polícia Federal para o combate aos crimes e ataques utilizando modus operandi altamente complexo e tecnológico.
As investigações tiveram a parceria da Caixa Econômica Federal na obtenção de provas, e da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), composta pelo Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.
(Da Assessoria)
