Oumuamua, uma palavra havaiana cujo significado é “mensageiro de longe”. Este foi o nome escolhido para batizar um asteroide, visitante de outro sistema solar, que passou perto da Terra a uma velocidade de 87 quilômetros por segundo no último mês de Outubro. Desde sua passagem cientistas estão debatendo sobre o inusual asteroide que é o primeiro objeto celeste detectado – nativo de outra estrela – a adentrar nosso sistema.
Esta semana cientistas em observatórios analisaram sua formação incomum em busca de respostas sobre inteligência extraterrestre. Um relato foi publicado no programa Breakthrough Listen, destinado à busca de vida tecnológica extraterrestre e apoiado pelo famoso cientista britânico Stephen Hawking.
NASA / Reprodução
Reprodução do objeto Oumuamua
“Seu movimento não pode ser explicado usando uma órbita de asteróide ou cometas do sistema solar normal”, explica Weryk. “Este objeto veio de fora do nosso sistema solar”, completa. É a primeira vez que os astrônomos conseguem observar e confirmar a presença de um “objeto interestelar” no sistema solar. O Oumuamua foi identificado em outubro, durante um curso do pesquisador Rob Weryk.
Uma curiosidade é seu tamanho de 400 metros de comprimento e 40 m de largura, tendo o formato de um “cigarro”. Sua forma não tem precedentes entre todos os outros asteroides avistados no Sistema Solar e inicialmente essa característica levou alguns cientistas a questionarem se não poderia se tratar de um artefato alienígena ao invés de uma formação rochosa natural. Porém os cientistas descartaram essa hipótese após novas análises:
“Não descobrimos sinais artificiais vindos desse objeto até agora, mas a vigilância e a análise de dados continua”, explicou o Breathrough. Devido a alta temperatura do nosso Sol, é esperado que asteroides ao se aproximarem dele exibam um rastro de gelo se transformando em pequenos cometas em suas trajetórias. Não foi o caso com o objeto Oumuamua, apesar de sua proximidade do sol durante a passagem. O motivo segundo especulam alguns pesquisadores pode ser uma espécie de “capa orgânica” que se formou em sua superfície e protege a água congelada no interior do objeto de receber os raios solares.
