Comportamento

O pet morreu? Saiba o que fazer com o corpo do animal

Enterrar o bichinho no terreno ou quintal não é ilegal, porém não é a melhor opção, pois pode levar a contaminação do meio ambiente

3 minutos de leitura
O pet morreu? Saiba o que fazer com o corpo do animal
(Foto de Lisa Fotios)

Conviver com os animais domésticos faz cada vez mais parte do nosso cotidiano; e estes, muitas vezes se tornam membros da família. Contudo, sabemos que a expectativa de vidas deles é bem menor que a nossa, fazendo que o tempo deles conosco acabe sendo breve. Justamente por isto, a dor da separação acaba sendo inevitável em algum momento. Dor esta que nem sempre estamos preparados para lidar; além do sentimento de tristeza temos que nos deparar ainda com a destinação adequada àquele ser tão querido.

A médica veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Unic, Márcia Fragoso Rodrigues, afirma que enterrar o animal no quintal é uma opção que muitas vezes deve de ser desconsiderada pelo tutor enlutado.

“Há opções mais seguras para destinar o corpo do pet. Para a destinação correta deve-se procurar serviços públicos ou empresas e cemitérios especializadas. A decomposição do corpo gera resíduos com microorganismos, que podem levar a contaminação do solo e dependendo do local a ser enterrado, até do lençol freático”.

Ainda de acordo com a médica, “dependendo de onde o tutor enterrar seu animal, pode gerar até problemas jurídicos, correndo o risco de ser multado ou até preso, por danos permanentes ao meio ambiente.”

Contate o Centro de Controle de Zoonoses

Em muitos municípios do Brasil, as prefeituras oferecem o serviço gratuito de retirada e destinação correta dos animais. Neste caso, é preciso entrar em contato com os órgãos locais para agendar a retirada ou levar até ao endereço indicado.

O tutor deverá informar se o animal possa ter falecido devido a doenças infecto-contagiosas, pois nestes casos os profissionais em saúde irão avaliar o pet para identificar riscos à saúde pública.

Em grande parte dos casos de encaminhamento aos centros de zoonoses, os animais são levados ao aterro sanitário mais próximo, ou podem ainda ter a mesma destinação de materiais hospitalares, por meio da incineração.

Os CCZs também são responsáveis por resgatar animais de rua que falecem, investigando as causas da morte e possíveis riscos à população antes de dar uma destinação final ao pet.

Contate uma clínica veterinária

Muitas clínicas veterinárias oferecem serviços de velórios destinam o animalzinho para os CCZs ou locais autorizados nos municípios país afora.

Se o animal estiver doente já há algum tempo e falecer na clínica, possivelmente a equipe oferecerá opções para a destinação do pet. Se o falecimento ocorrer em casa, o tutor pode contatar a clínica mais próxima para pedir ajuda sobre a destinação.

Os preços podem variar de populares até cerca de R$ 600, a depender da localidade.

Contrate um serviço especializado

Muitas empresas oferecem serviços exclusivos e personalizados de velório e enterro de pets em cemitérios profissionais, como os que recebem pessoas; e ainda a contratação de cremação individual ou coletiva, em que o tutor pode optar, inclusive, por receber ou não as cinzas do animalzinho. Os preços variam e podem chegar a R$ 2000, a depender da localidade.

Há também opções de planos funerários mensais, semelhantes aos planos para humanos, que podem custar até R$ 50 mensais.

Não enterre o animal no quintal

A decomposição do cadáver do pet pode liberar necrochorume, um líquido rico em bactérias e substâncias potencialmente tóxicas para o solo, lençóis freáticos e poços artesianos: putrescina (molécula formada a partir de carne podre) e cadaverina (molécula produzida a partir de tecidos orgânicos de corpos em decomposição).

(Da Assessoria)

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