Dizem que há uma forma de “medir” a nossa vocação, ou seja, a o que nós somos chamados.
Mas antes, uma pergunta.
Você trabalha por dinheiro ou por prazer? Tire alguns minutos para uma reflexão sincera.
Pode ser que você tenha começado a trabalhar com o que dava dinheiro, e depois foi procurar o que te dava prazer.
Ou pode ser que o que te dava prazer também foi o que te trouxe um retorno financeiro.
Mas e se houver uma terceira opção?
Há quem faz certas coisas sem ter em vista o dinheiro ou o prazer. Ela faz algo porque precisa fazer. Não porque gosta. Não porque pediram. Não porque dá dinheiro. Porque simplesmente é o que precisa ser feito no momento.
Para ser sincero, é por isso que eu aqui escrevo. Porque eu preciso.
Voltando a questão de mensurar a nossa vocação. Dizem que é o cálculo é o seguinte: é a nossa capacidade de aguentar e até amar os revezes inerentes a nossas escolhas. Afinal, não importa qual caminho você escolher, a única certeza é que haverá pedras.
Uma mãe que acorda de madrugada para acolher o seu bebê com certeza não o faz porque é prazeroso, mas porque aquilo precisa ser feito.
Por fim, quero falar sobre o título desse texto, o porquê ele está ali.
Certa vez, em uma igreja, eu descobri que um Padre que estava doente, mas em recuperação, iria celebrar a Missa. Só que para o meu espanto, ao soar os três sinos e todos se levantarem, algo me tocou profundamente.
Eu vi o Padre entrar de cadeira de rodas.
Até o momento não sei dizer o motivo de tamanho impacto que isso causou em mim. Talvez foi porque me lembrei de todas vezes que fiz “corpo mole” em meus ofícios.
Com certeza o Padre foi celebrar a Missa porque era o que ele precisava fazer, e isso para mim foi grandioso. Mas o curioso, é que com certeza para ele, isso não foi nada demais.
E para mim, vocação é isso.
A vocação foi perfeitamente ilustrada e condensada nessa belíssima cena.