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Mais Milho leva 20 embaixadores de vários países ao campo

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Mais Milho leva 20 embaixadores de vários países ao campo

Gabriele Schimanoski/O Livre

Embaixadores no Fórum Mais Milho em Primavera do Leste

Embaixadores acompanharam a colheita do milho em Primavera do Leste

Mais de 20 embaixadores de diversos países interessados na produção de grãos mato-grossense participam do Fórum Internacional do Milho, em Primavera do Leste (a 239 km de Cuiabá), nesta sexta-feira (7). O Brasil deve colher aproximadamente 93 milhões de toneladas do cereal, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só Mato Grosso será responsável por quase 30 milhões de toneladas.

O evento é uma oportunidade para o país mostrar a qualidade da produção local a possíveis compradores internacionais. “É o momento de mostrar toda tecnologia empregada na produção de milho e nossa capacidade de produzir, que pode dobrar sem precisar abrir novas áreas”, explica o vice-presidente da Abramilho, Glauber Silveira. 

“O estoque mundial não está muito elevado, está equilibrado. Qualquer seca que der pode melhorar o valor do cereal”

Entre os mercados a serem conquistados está o México, país com que o Brasil vem fazendo negociações há tempos e nas mais diferentes áreas.

Lado B
O fórum também discute as dificuldades dos produtores, que vivem uma safra recorde, mas enfrentam baixos preços, alta do frete e falta de armazéns. 

A tendência, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, é que o preço melhore. “O estoque mundial não está muito elevado, está equilibrado. Qualquer seca que der pode melhorar o valor do cereal”, afirmou.

Outro fator que poderá influenciar o preço da commodity é o aumento do consumo interno e externo. “Em oito anos, o consumo em Mato Grosso passou de 1,2 milhão de toneladas para 5 milhões”, pontua.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, acredita que o mercado irá se aquecer. Ele prevê que será possível escoar a produção de Mato Grosso antes da colheita da soja em janeiro. “O [preço] do milho chegou ao fundo do poço, daqui pra frente deve começar a subir”, estima.

“Precisamos também de um ambiente de negócios melhor, com a redução do tempo para tirar as licenças na Sema e redução do ICMS do boi em pé”

Cobrança
Com a presença do governador Pedro Taques e do secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, o presidente da Abramilho aproveitou para cobrar apoio em relação à infraestrutura para o escoamento da produção, um dos principais fatores que influenciam no custo das custos das commodities. 

Taques disse que está ciente da importância da infraestrutura e lembrou das estradas que o governo vem entregando. “Mas não é só isso. Precisamos também de um ambiente de negócios melhor, com a redução do tempo para tirar as licenças na Sema (Secretaria de Meio Ambiente) e a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do boi em pé”, disse.

“Saiam daqui com a certeza de que Mato Grosso tem desafios a serem superados, mas que é um Estado diferente, com potencial único para a produção mundial de alimentos”, concluiu o governador.

O evento que é uma realização da Abramilho e Aprosoja. Também compareceram o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária ( FPA), Nilson Leitão, o presidente do Sistema Famato, Normando Corral e o presidente do Sindicato Rural de Primavera, José Nardes.

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