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Instabilidade política fez cuiabanos reduzirem o padrão de moradia em 2022

Balanço do Secovi diz que a maioria dos imóveis negociados foi de apartamentos pequenos e usados, fora do centro comercial

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Instabilidade política fez cuiabanos reduzirem o padrão de moradia em 2022
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os brasileiros passaram a ter nos últimos anos uma noção mais nítida do que é polarização política. As conversas sobre um candidato ou outro ficaram mais quentes e, neste ano, o resultado da temperatura mais alta acabou aparecendo em Brasília. 

Mas, o cenário político também mexe com outras coisas menos evidentes. Ele pode mudar literalmente a densidade demográfica uma cidade. E isso aconteceu em Cuiabá no ano passado. É o que diz o balanço do fechamento do ano do Sindicato de Habitação de Mato Grosso (Secovi). 

A incerteza da política e com o início do atual governo fez as pessoas mudarem a padrão de moradia. Os cuiabanos optaram pela compra de casas mais baratas ao invés das de alto padrão, e em bairros afastados do centro urbano. 

Conforme o Secovi, a maioria dos imóveis vendidos em Cuiabá ano passado foi de apartamentos pequenos e usados nas regiões leste (Bosque da Saúde e Morada dos Nobres, além de áreas de expansão urbana) e oeste (Quilombo, Goiabeiras e Duque de Caxias).  

Esses locais foram escolhidos pelos comprados em detrimento das casas ou apartamentos maiores e em áreas mais valorizadas comercialmente em Cuiabá.  

O sindicato diz que a mudança imobiliária que acabou marcando 2022 se intensificou nos últimos meses e acelerou nas proximidades das eleições, o fator apresentado no balanço como referência do mercado no ano passado. 

“As eleições resultaram em cautela no mercado em relação a novos investimentos, aguardando sinalização do novo governo em relação ao mercado e isso, com certeza, deixa os investidores mais inseguros para investir”, disse o empresário Marcos Pessoz, presidente do Secovi. 

A cautela nas negociações refletiu nos números. Ainda conforme o balanço do Secovi. Cuiabá movimentou R$ 4,1 bilhões em negociação imobiliária no ano passado. A quantia é superior ao ano de pandemia mais grave (2020), porém menor que a de 2021, quando houve movimentação perto de 4,5 bilhões. 

O valor do financiamento de imóveis caiu 18,62% na comparação a 2021. 

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