Judiciário

Idoso que matou esposa dormindo é condenado a 17 anos de prisão

À época do crime, ele alegou legítima defesa, afirmando que vinha sendo ameaçado e agredido pela vítima

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Idoso que matou esposa dormindo é condenado a 17 anos de prisão
(Imagem: MPE MT)

O réu Paulo Mariano foi condenado, ontem (18), a 17 anos de prisão pelo feminicídio cometido contra a sua esposa Zildenete Auxiliadora Duarte, 55 anos, em dezembro de 2022, enquanto ela dormia, na casa dos dois, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).

Os jurados reconheceram as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso, acolhendo a tese de que o crime foi cometido por motivo torpe, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e em razão de violência doméstica e familiar.

De acordo com a denúncia do MPMT, a vítima foi atingida com diversos golpes de faca nas costas e no peito enquanto dormia, no dia 14 de dezembro, por volta da meia-noite.

O réu, conforme apurado durante as investigações, agiu de forma premeditada e com a intenção de se vingar da vítima. Ele alegou que, antes do crime, os dois tinham discutido e a vítima o havia agredido.

Versão do acusado

À época do crime, Paulo Mariano, então com 61 anos, afirmou que, ao chegar em casa, ele e Zildenete haviam tido uma discussão por ciúmes e, em meio à briga, ela teria pegado um facão e dado vários golpes nas costas e na cabeça dele, dizendo que iria matá-lo.

Ele, então, teria esperado ela deitar-se para dormir, aproveitado o momento e dado três facadas nela, nas costas e no peito. Após o crime, ele mesmo acionou a Polícia Militar, aguardou a chegada da equipe e contou sua versão do ocorrido.

O homem afirmou que vinha sofrendo ameaças da companheira e já havia sido agredido por ela outras vezes. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, ele estava com lesões nas costas e na cabeça, que afirmava terem sido causadas pelos golpes de facão supostamente feitos pela vítima.

Condenação

Com base na alegação, a defesa do réu tentou convencer os jurados de que o homicídio teria sido cometido em razão de injusta provocação da vítima, mas a tese não foi acolhida e ele foi condenado a 17 anos de prisão.

No dia do feminicídio, Paulo Mariano foi preso em flagrante, mas durante o encaminhamento do processo para julgamento teve a sua liberdade concedida e atualmente encontra-se foragido.

(Com Assessoria)

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