O governador Mauro Mendes disse “cheirar mal” várias concessões de parques ambientais no país a uma única empresa. Ele afirmou que outras transferências autorizadas pelo Ministério do Meio Ambiente têm “inconsistência” semelhante ao processo do Parque de Chapada dos Guimarães.
“Essa empresa já foi questionada lá em Minas, e ela ganhou várias concessões. Não está cheirando mal isso? Ficamos dois anos pedindo para o governo federal [no mandato de Jair Bolsonaro] para administrar o parque, e transferiram para o setor privado para investir míseros R$ 18 milhões”, disse ele em entrevista à rádio Cultura de Cuiabá.
O governador explicou por que a proposta de Mato Grosso, com investimento de R$ 200 milhões, foi anulada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), responsável pela análise de conservação dos parques nas propostas.
“A seguradora demorou para entregar a apólice de contrato por causa de um problema técnico. A concessão foi de manhã e a seguradora entregou à tarde uma carta da empresa informando que o seguro estava contratado. O ICMbio aceitou, isso está previsto em lei, mas depois voltou atrás, não sei o motivo”, afirmou.
A Parquetur venceu a licitação do Ministério do Meio Ambiente em dezembro do ano passado. A holding é responsável por seis parques ambientais no Brasil em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso.
Nesses primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador já apresentou o pedido de administração a três ministros, além do próprio presidente.
