O promotor Ezequiel Borges de Campos entendeu que a conduta de Clebson não comprometeu todo o concurso mas que ainda assim é considerada “irregular”
Um dos candidatos responsáveis pela suspensão do concurso para Delegado Substituto da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso é coordenador de um curso preparatório para o mesmo concurso em Cuiabá. Com o arquivamento do inquérito, o sigilo sobre o caso foi quebrado e a reportagem do LIVRE teve acesso às informações na última segunda-feira (19).
Uma fotografia da folha de respostas da prova objetiva era apontada como sendo um dos indícios de fraude no concurso realizado em agosto de 2017. O responsável pela imagem é Clebson Junior Teixeira da Costa que confessou ter feito a foto. Ele foi ouvido pelo promotor Ezequiel Borges de Campos durante a apuração de cinco reclamações de candidatos que chegaram ao Ministério Público Estadual (MPE).
Clebson é coordenador do curso IPO – Complexo Educacional Dr. Ivar Polesso e contou ao promotor que a imagem foi feita apenas como uma “brincadeira”. Ele também afirmou que enviou a imagem da folha de respostas em um grupo de WhatsApp do qual fazia parte outros candidatos do concurso.
Na promoção de arquivamento do inquérito, o promotor entendeu que a conduta de Clebson não comprometeu todo o concurso, mas que ainda assim é considerada “irregular”. O membro do Ministério Público Estadual (MPE) também não chegou a denunciar Clebson pelo registro ilícito feito antes da prova.
“Em que se pese irregular, a conduta do candidato não comprometeu todo o certame, mas apenas a si próprio, afinal, mesmo que houvesse realizado a prova dissertativa – o que não fez por iniciativa própria devido à repercussão do caso -, sua pontuação sequer seria conferida, pois estaria de plano eliminado, consoante o disposto no item 16.21 do edital”, verificou o promotor.
