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Ex-primeira-dama diz que sequer sabia que pessoas estavam sendo grampeadas

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Ex-primeira-dama diz que sequer sabia que pessoas estavam sendo grampeadas

Ednilson Aguiar/ O LIVRE

Samira rogers

A advogada Samira Martins, ex-primeira-dama de Mato Grosso: ela afirma que somente soube pela imprensa do suposto esquema de grampos

As ex-primeiras-damas do Estado Samira Martins e do município Virgínia Mendes foram citadas pela deputada estadual Janaína Riva (PMDB) como tendo participação nas escutas telefônicas clandestinas realizadas contra a parlamentar. Samira afirmou ao LIVRE que sequer tinha conhecimento de que pessoas estariam sendo interceptadas ilegalmente no Estado.

“Eu tenho conhecimento em relação aos grampos apenas pelo que foi publicado pela imprensa. Ela está equivocada”, disse Samira à reportagem.

De acordo com depoimento de Janaína Riva à delegada Ana Cristina Feldner, Samira, à época casada com o governador Pedro Taques (PSDB), teria feito um pedido à personal trainer Helen Christy Lesco, esposa do coronel Evandro Lesco, para que o número da deputada fosse interceptado.

A desconfiança da deputada teve início quando um relacionamento pessoal dela veio a público, o que teria sido seguido por difamação vinda de pessoas próximas ao governo.

Em seu depoimento, Janaína cita Helen Christy como uma pessoa com articulação suficiente para pedir grampos contra determinadas pessoas, e não apenas esposa de um coronel envolvido no caso.

A ex-primeira-dama do Estado, que também é advogada, mantém uma relação próxima com Helen. As duas nasceram na mesma cidade, Alto Araguaia, e se conhecem desde a infância.

Sobre a prisão da personal trainer, a advogada se limitou a dizer que não tem opinião. “Não acho nada, quem está achando alguma coisa é a Justiça e os delegados que estavam tomando os depoimentos”, afirmou.

A Polícia Civil chegou a citar Samira Martins como uma possível envolvida na tentativa de obstrução das investigações desbaratada pela Operação Esdras. O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, contudo, descartou a hipótese e não determinou uma condução coercitiva que havia sido pedida pelas autoridades policiais.

Atualmente, o caso dos grampos foi remetido para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob responsabilidade do ministro Mauro Campbell.

Colunistas
Janaina também teria dito em seu depoimento que informações colhidas por meio dos grampos podem ter sido repassadas a colunistas sociais da capital.

A deputada teria dito que as informações partiriam da ex-primeira-dama de Cuiabá, Virgínia Mendes. A reportagem tentou contato com Virgínia por ligações e mensagens, mas não obteve retorno.

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