Política

Ex-chefe de gabinete diz que vereadora petista mentiu na Comissão de Ética e pede nova oitiva para entrega de documentos

Vereador Rodrigo Arruda e Sá, responsável pela investigação, disse que os depoimentos dados até o momento corroboram indícios de quebra de decoro

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Ex-chefe de gabinete diz que vereadora petista mentiu na Comissão de Ética e pede nova oitiva para entrega de documentos

A Comissão de Ética e Decoro da Câmara de Cuiabá recebeu mais materiais para análise no caso da vereadora Edna Sampaio (PT). Um deles é o pedido da ex-chefe de gabinete Laura Natasha de Abreu para ser ouvida novamente na apuração.

O presidente da comissão, vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania), disse que Laura o procurou com informações a mais, em relação ao depoimento de Edna Sampaio, na quarta-feira (28), que contestariam a versão da vereadora.

“Ela me disse que a vereadora a chamou de mentirosa, e ela teria documentos para provar que não mentiu em seu depoimento. Ela me mandou um pedido pelo WhatsApp para depor novamente, e a orientei que formalizasse o pedido à Comissão de Ética. Vamos aguardar, ver se ela realmente vai fazer o pedido. Se for o caso, vamos analisar os documentos e convoca-la para outra oitiva”, afirmou.

Ainda conforme o vereador, outras duas pessoas protocolaram hoje (30) materiais de arquivos que reforçariam os indícios desvio de finalidade da verba indenizatória (VI) no gabinete de Edna Sampaio. Os documentos também serão analisados pela comissão.

“Até o momento permanecem os indícios de quebra de decoro. A vereadora disse que apresentaria um documento do banco comprovando que a conta em que a VI foi depositada não é dela, mas conjunta. Mas, a vereadora não mandou nenhum documento, nem o banco”, disse.

Rodrigo Arruda e Sá disse que a movimentação financeira do dinheiro pelo gabinete de Edna Sampaio afronta as normas da Câmara dos Vereadores e as orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A vereadora Edna Sampaio é investigada pela suspeita de desvio de finalidade de mensalidades de R$ 5 mil pagas a chefes de gabinete. O dinheiro serve para a pessoa no cargo cobrir despesas relacionadas às suas funções.

Segundo a Procuradoria Legislativa da Câmara de Cuiabá, o regimento interno estabelece que o dinheiro é intransferível, apesar de não estabelecer em qual conta ele deve ser depositado.

As mensalidades da ex-chefe de gabinete Laura Natasha de Abreu eram transferidas para uma conta bancária em nome de Edna Sampaio e o gasto era coordenado por grupo de pessoas em suposto “mandato coletivo”. O marido de vereadora, William Sampaio, fazia as cobranças de transferência.

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