Cerca de 60 estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fecham neste momento uma das faixas da avenida Fernando Corrêa da Costa, na região do Coxipó, em Cuiabá. O protesto começou por volta das 15h30 e, segundo os estudantes, ocorre por conta da suposta recusa da reitora da universidade, Miryam Serra, de se reunir com os discentes dentro da reitoria do campus, onde o grupo discutiria uma nova “política de alimentação”.

Segundo os estudantes, Miryam teria pedido para que a reunião fosse realizada na porta da reitoria. O gesto causou indignação porque, conforme os alunos, o espaço não era apropriado para a reunião. Os estudantes levaram cadeiras para o meio da avenida e começaram a impedir a passagem de veículos no local. Na última quarta-feira (30), os discentes já haviam ocupado a reitoria da UFMT.

“Havia quase cinquenta estudantes para se reunir com ela e ela queria fazer na porta da reitoria. Nós dissemos que seria uma falta de respeito, que aquilo era sinal de que ela não queria dialogar com a gente. Ela virou as costas e falou que não ia negociar conosco. O ato foi uma reação”, afirmou uma estudante ouvida pelo LIVRE.

Os estudantes se revoltaram contra a decisão da reitora de “não recebê-los” no prédio da administração superior

A disputa política dentro da universidade refere-se à tentativa da universidade de aumentar o preço das refeições do Restaurante Universitário (RU), cujo valor universal é de R$ 1,00 para almoço e jantar e de R$ 0,25 para o café da manhã. A proposta da reitora é de que apenas os estudantes mais carentes tenham a alimentação subsidiada, aumentando assim o valor para aqueles que teriam condições de pagar, de acordo com a avaliação da administração superior. O valor proposto em fevereiro foi de R$ 11 para o almoço e depois o preço caiu para R$ 5 nos meses seguintes, até que a reitora decidiu adiar o reajuste.

Momentos de tensão

Após o ato que se concentrou na esquina das avenidas Fernando Correa e Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança, os estudantes ainda caminharam pela via quando foram acuados por carros e principalmente, motos que forçavam a passagem, próximo ao viaduto, enquanto os manifestantes resistiam no local. A tensão seguiu na via até que a polícia dispersasse o confronto. Veja vídeo:

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Suspensão

A suspensão do reajuste na alimentação universitária foi anunciada pela reitora no dia 15 de maio. Desde então, os estudantes não voltaram a votar em Assembleia Estudantil o fim da greve e da ocupação. O movimento continuou com o entendimento de que a suspensão do reajuste seria um “pequeno golpe” da administração superior.

A proposta de Miryam Serra é realizar audiências públicas em todos os campus ao longo do restante do ano para discutir um novo valor para 2019. Para isso, segundo ela, seria necessário um processo de readequação das despesas da UFMT até que o novo valor seja anunciado.

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