Os roteiristas de Hollywood anunciaram uma greve a partir desta terça-feira (2). O anúncio foi feito pelo sindicato que representa a categoria nos EUA. A última greve desse tipo aconteceu há 15 anos e durou 100 dias. Por que você deveria se preocupar com isso? Porque a paralisação de 2007 afetou a produção de vários seriados e programas de televisão.
A greve atual foi anunciada após meses de negociações fracassadas, entre o sindicato e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão. As demandas dos roteiristas incluem melhorias nos salários e benefícios, redução de horas de trabalho e melhores condições para atuar.
Mas, afinal, o que faz um roteirista?
O trabalho de um roteirista inclui elaborar, é claro, o roteiro de um filme, programa de televisão ou série. Isso abrange desde desenvolver a história e os diálogos, até a descrição de cenas e de personagens.
Muitas vezes, esse trabalho é feito em equipe, com outros escritores e produtores. Mesmo assim, como acontece com muitas profissões que evolvem a criatividade, há desafios como longas horas de trabalho, prazos apertados e concorrência acirrada.
A greve de 2007
A greve, portanto, deve causar um impacto considerável na indústria cinematográfica de Hollywood. O principal risco é o atraso no lançamento de programas e filmes já em produção, o que pode levar a uma redução de conteúdo em canais de televisão e serviços de streaming.
Em 2007, a greve dos roteiristas afetou seriados como “Heroes” e “Lost”, além de programas de variedades como “The Daily Show”. Dessa vez, as produções mais afetadas pela greve ainda não foram divulgadas, mas a indústria está se preparando para a possível paralisação de projetos em andamento.
Risco para os serviços de streaming?
Mas, se os estúdios e produtores dos EUA estão preocupados com o impacto da greve na indústria, os serviços de streaming também podem ser tão afetados? Talvez não! E a explicação está no modelo de negócios, que é bem diferente dos estúdios de cinema tradicionais.
Em primeiro lugar, os serviços de streaming geralmente oferecem conteúdo sob demanda, ou seja, permitem que os usuários assistam ao que quiserem, quando quiserem, em vez de seguir um cronograma de lançamentos. Isso significa que podem ser mais flexíveis em relação aos lançamentos e menos dependentes de um calendário fixo.
Além disso, os serviços de streaming, geralmente, produzem seus próprios conteúdos. Não dependem exclusivamente de filmes e programas produzidos por estúdios tradicionais. Isso significa que eles têm mais controle sobre sua programação.
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O modelo de assinatura mensal também tem um impacto nessa conta. Ele permite que os serviços de streaming investam em produções originais, sem se preocupar com o sucesso de bilheteria ou de audiência.
Essas diferenças no modelo tornam os serviços de streaming menos sugeitos a impactos da greve dos roteiristas. A maioria deles já possuem conteúdo suficiente em produção ou já lançados.
