Uma enfermeira de 35 anos foi agredida na noite dessa terça-feira (13) por um paciente, não identificado, no Hospital de Retaguarda, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).
A Polícia Militar foi acionada por volta de 23h30 e encontrou o suspeito detido pelos funcionários do hospital, que fica anexo a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Os funcionários contaram aos policiais que o acusado já chegou alterado e entrou empurrando a enfermeira, causando uma lesão no ombro direito dela.
Em seguida, ele passou a danificar vária coisas do hospital, como mesa, porta do consultório, computadores e armários com medicamentos. Foi necessário contê-lo para cessar a destruição.
Após ouvir as testemunhas, os militares algemaram o acusado e o levaram para a delegacia, acompanhado da vítima e de uma médica.
Já na delegacia, porém, ele sofreu um mal súbito e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O homem foi levado para o Hospital Regional, onde precisou ser entubado. Devido a isso, os policiais não conseguiram identificá-lo. Consta no boletim de ocorrência que ele estava com pequenas lesões no rosto.
O caso foi registrado como lesão corporal.
Repúdio
O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) emitiu uma nota de repúdio à agressão sofrida pela enfermeira.
“Infelizmente esse caso não é isolado e mostra a falta de segurança vivida pelos profissionais de enfermagem, não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil. Só quem atua na enfermagem sabe os desafios diários enfrentados para o exercício da profissão. Desde a falta de insumos até as agressões verbais e físicas, os profissionais da enfermagem precisam resistir e persistir para prestar assistência do cuidado de qualidade para cada paciente”, diz trecho da nota.
O Coren-MT afirmou esperar que os órgãos competentes tomem as medidas cabíveis com o agressor e também faça algo para impedir que atos como esse se repitam.