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Empresas signatárias da moratória da soja exportam 95% da produção brasileira

AMMT diz que acordo faz restrição seletiva como estratégia para dominar o mercado

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Empresas signatárias da moratória da soja exportam 95% da produção brasileira
(Foto: Ivan Bueno / Appa)

As empresas signatárias da moratória da soja negociam 95% da exportação de soja vendida pelo Brasil e atendem 15% da Europa. O predomínio de mercado ocorre por causa das restrições impostas a produtores na região da Floresta Amazônica. Em Mato Grosso, 65 cidades são afetadas pelo acordo. 

Os dados foram divulgados pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), que prevê dificuldades financeiras para as cidades impedidas de negociar com outros países.  

“Nós acreditamos que o faturamento seja 30% a menor do que seria se a soja pudesse ser originária da região da Floresta Amazônica. A moratória representa para nós estagnação, recessão econômica”, disse o presidente da AMMT, Leonardo Bortolin. 

Segundo ele, impacto econômico deve aumentar no curto prazo, por causa da transição que várias cidades de Mato Grosso fazem para a agricultura e pecuária. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística) diz que essa transição ficou mais forte na última década. 

A moratória da soja está em vigor há mais de 10 anos no Brasil. Bortolin diz que o acordo contém restrição seletiva. A alegação de avanço no desmatamento na Floresta Amazônica como motivo da moratória se limite ao cultivo da soja. 

“De pauta ambiental não tem nada. Falam que nessa área podem ser plantadas outras culturas, como o milho. Por que não a soja? O que se vê é uma estratégia para que se tenha domínio do mercado da soja importada”, afirmou.  

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