Ednilson Aguiar/O Livre
A defesa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), protocolou uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a abertura de um inquérito sobre o vazamento de informações relacionadas aos processos oriundos da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
De acordo com o advogado André Stumpf Jacob, a solicitação também visa à manutenção do sigilo do caso. O argumento é a “segurança do prefeito e de sua família e da governabilidade do município”.
“A família do prefeito vem sofrendo ataques na rua. Nossa intenção é que ele possa responder ao processo com tranquilidade, sem que isso coloque em risco sua segurança”, afirma.
Segundo Jacob, apesar de o teor da delação do ex-governador ter tido o sigilo derrubado por decisão do ministro do STF Luiz Fux, que homologou o acordo com o peemedebista, os processos desmembrados dela, para investigar os acusados por Silval, tramitam em segredo de justiça.
“Queremos que seja apurado de onde estão saindo esses vazamentos de informações que tem prejudicado, inclusive, a administração da cidade. E trata-se de fatos que não têm qualquer ligação um com o outro”, pontua Jacob.
Emanuel Pinheiro foi acusado por Silval de receber uma espécie de “mensalinho”, bancado com dinheiro desviado do governo do Estado, na época em que ainda era deputado estadual. Os pagamentos seriam para garantir o apoio do hoje prefeito às ações da gestão passada do Palácio Paiaguás.
Entre os documentos que Silval apresentou ao STF como prova de suas alegações está um vídeo em que Emanuel recebe maços de dinheiro do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silvio César Corrêa de Araújo.
Tanto o prefeito quanto seu advogado sustentam, todavia, que as imagens estão fora do contexto real, ou seja, que o dinheiro não seria pagamento de propina, como o ex-governador alega.
