Agência Estado
O delegado de Polícia Federal, Tacio Muzzi, durante coletiva sobre a Operação Eficiência, feita pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro
Surpreso com a decretação da sua prisão, o empresário Eike Batista pretende se apresentar à Justiça Federal, mas ainda não tem data nem local para fazê-lo, informou o advogado de defesa, Fernando Martins.
O defensor avisou que as autoridades é que devem definir as condições para a apresentação do empresário.
“Ele [Eike] está surpreso, uma vez que sempre esteve à disposição das autoridades, mas muito tranquilo porque tem certeza que vai prestar todos os esclarecimentos necessários”, disse Martins. “Ele vai se entregar e se colocar à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, como fez em outras oportunidades. Estou em contato com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para combinar”.
O advogado, no entanto, não disse quando o empresário pretende aparecer. “Não tem ainda [data para se entregar]. Não combinei ainda com a PF ou MPF onde ele se apresentará, mas será a critério desses órgãos”, disse.
Segundo o advogado, Eike está em Nova York desde terça-feira, 24. Sua mulher, Flávia, e o filho caçula do casal também estão nos Estados Unidos desde esta quarta-feira, 25.
O empresário tem passaporte alemão. A Polícia Federal informou que já está em contato com a Interpol para localizá-lo. O delegado Tacio Muzzi, que conduz a operação Eficiência, informou que o nome de Eike poderá ser incluído na difusão vermelha da Interpol – índex dos mais procurados em todo o mundo.
A Operação Eficiência, desdobramento da Calicute – versão local da Lava Jato no Rio de Janeiro -, acusa Eike de ter pagado propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral por meio da conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá.
(Com Agência Estado)