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É mais fácil trabalhar com produto atômico do que com defensivos, diz especialista

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É mais fácil trabalhar com produto atômico do que com defensivos, diz especialista

O LIVRE entrevistou o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), Henrique Mazotini, que  esteve recentemente na capital participando de encontro promovido pelo Conselho Estadual das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários  (Cearpa-MT). 

Ele defende a utilização dos agrotóxicos e garante que o metódo é seguro para a produção de alimentos no país – desde que utilizado de forma correta e dentro dos padrões estabelicidos pelos órgãos de controle. “Prova disso é a maior expectativa de vida dos brasileiros”, destaca. “As pessoas estão vivendo mais e se alimentam de produtos que foram cultivados com o método”.

Segundo Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos do mundo. A entidade afirma que a cada safra são utilizados mais de 850 milhões de litros e o volume necessário por hectare não para de crescer desde 2012. Em alguns cultivos, a média chega a 12 litros por hectares. 

Mazotini explica que isso ocorre porque o Brasil é o único país no mundo onde é possível ter vários cultivos na mesma área. “Nós temos os cultivos de inverno e verão, as safra e safrinhas e por ser um país tropical, a incidência de pragas e doenças é muito maior”. 

No dossiê da Abrasco, é possível ver que as maiores concentrações de utilização de agrotóxicos coincidem com as regiões de maior intensidade de monoculturas como soja, milho, cítricos e algodão. Mato Grosso é o estado que mais consome no Brasil, com cerca de 18,9% do total, seguido de São Paulo (14,5%), Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (10,8%), segundo o IBGE (2006), SINDAG (2011) e Theisen (2012).

Para Mazotini isso não é motivo de preocupação, pois, a aplicação, segundo ele, é feita com responsabilidade. “É mais fácil trabalhar com produtos atômicos no país, do que com defensivos”, afirma citando também a fiscalização rigorosa.

No vídeo abaixo, ele nega que o brasileiro consome 7 litros de agrotóxicos ao ano, conforme pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz. “Isso é um cálculo equívocado”, alega e disse consumir tranquilamente alimentos cultivados com o uso de agrotóxicos. “Dou até para os meus netos, cuja expectativa de vida é viver até os cem anos”, finaliza. 

Confira estas e outras declarções na entrevista abaixo:

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