Comportamento

Dia de Combate às LER/Dort: veja como identificar lesões por esforços repetitivos

Fadiga muscular, dores nos membros superiores e nos dedos estão entre os sinais das doenças

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Dia de Combate às LER/Dort: veja como identificar lesões por esforços repetitivos
(Foto: Freepik)

Em 28 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares – LER/DORT. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de alertar a população e chamar a atenção das autoridades a respeito da importância de adotar cuidados e medidas preventivas contra lesões associadas à repetição de movimentos.

As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros, segundo estudo do Ministério da Saúde. As manifestações clínicas são muito variadas e dependem do tecido afetado, seguimento corporal envolvido e intensidade da agressão. Em geral, não há dificuldades em definir o diagnóstico e os exames complementares auxiliam na confirmação. Faz-se obrigatória a análise do ambiente de trabalho afim de identificar a presença de fatores de risco.

Segundo a médica reumatologista e professora do curso de Medicina da Unic Beira Rio, Maíra Sant Anna Genaro de Brito, LER e Dort são termos que albergam estados dolorosos acusados por sobrecarga biomecânica, incluindo a estática. “Estudos mostram a alta prevalência das doenças osteomusculares, particularmente na região cervical, ombros, cotovelos, mãos, punhos e região lombar. No cenário laboral, os distúrbios podem ser decorrentes da exposição a fatores ergonômicos, destacando-se os físicos e os organizacionais’’, explica a especialista.

Ainda de acordo com o Ministério de Saúde, esses problemas podem prejudicar a produtividade laboral, são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e representam custos com pagamentos de indenizações, tratamentos e processos de reintegração à ocupação.

O tratamento depende do estágio da lesão, entretanto, especialistas indicam que, em qualquer fase, é essencial o acompanhamento interdisciplinar com médico reumatologista, fisioterapeuta, terapia ocupacional, acupuntura e com um psicólogo, quando há traços de depressão. Em alguns casos são utilizados remédios anti-inflamatórios prescritos por um especialista durante a fase aguda da doença.

Confira algumas dicas para evitar lesões:

– A cada 25 minutos de trabalho de digitação, a orientação é fazer uma parada de 5 minutos;

– É indicado beber água regularmente ao longo do dia;

– Manter postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira vão ajudar na postura;

– Os pés devem estar totalmente apoiados no chão;

– Outra recomendação é que o monitor do computador deverá estar a uma distância mínima de 50 e máxima de 70 centímetros ou de maneira prática a uma distância equivalente ao comprimento um braço. A regulagem da altura da tela deve ser tal que se situe entre 15 e 30 graus abaixo da linha reta de visão.

O prognóstico é favorável na maioria dos casos, mas pode depender de aspectos sociais, trabalhistas e previdenciários.

(Com Assessoria)

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