Bem Estar

Dermatite atópica: pesquisadores brasileiros criam creme mais eficiente e barato

O alto custo das pomadas comerciais para tratar a dermatite está entre o os principais fatores para a desistência do tratamento

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Dermatite atópica: pesquisadores brasileiros criam creme mais eficiente e barato
(Foto: Freepik)

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um creme mais eficiente do que produtos disponíveis no mercado para tratar doenças inflamatórias dermatológicas como a dermatite atópica, uma condição crônica e hereditária que causa coceira e lesões na pele. O estudo está publicado na edição de sexta (15) da revista “Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences”.

O creme é composto por 0,1% de tacrolimus, um medicamento anti-inflamatório amplamente utilizado no tratamento de doenças da pele. Além do creme, os cientistas também avaliaram a formulação em gel, mas o creme apresentou melhor absorção e estabilidade, o que significa que o produto é melhor aproveitado durante o tratamento.

Para criar estes produtos – gel e creme – foram executados três processos distintos: primeiro foi desenvolvida a formulação, em seguida, foram realizadas análises dos componentes da fórmula do tacrolimus, e por fim, os produtos foram testados em ratos de laboratório.

Muito receitada por médicos para outras doenças de pele, o medicamento  vem sendo testado, sob diferentes formulações, por vários estudos. “A equipe realizou diversos estudos para avaliar o novo produto que pretendemos que seja mais confortável para a pele dos pacientes e mais acessível”, explica Zaida Freitas, farmacêutica e pesquisadora do programa de pós-graduação da UFRJ.

Outras soluções disponíveis no mercado são pomadas e podem ser gordurosas e difíceis de espalhar. Assim, segundo a pesquisadora, “a solução desenvolvida é mais eficiente por ser lavável e de fácil aplicação. Além disso, pode ser reaplicada várias vezes, seguindo a indicação médica, promovendo assim, a continuidade do uso pelo paciente e melhora no tratamento”, frisa Freitas.

Segundo a pesquisadora, para dar continuidade aos resultados atuais, será imprescindível estabelecer uma colaboração com o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e selecionar um grupo de voluntários que apresentem doenças de pele específicas. “Seria muito importante a realização de testes em pessoas que precisam deste produto, pois traria novos dados sobre os assuntos e nos aproximaria mais da realidade”, finaliza.

(Da Agência Bori)

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