O calor parece não dar trégua e janeiro de 2024 se tornou o oitavo mês consecutivo a quebrar recordes de temperatura global, conforme anunciado pelo observatório europeu Copernicus. Desde junho do ano passado, cada mês tem sido mais quente que o anterior, evidenciando um ritmo alarmante de aumento de temperatura.
Segundo Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a redução rápida das emissões de gases de efeito estufa é crucial para conter o aumento da temperatura global. O alerta é claro: a mudança climática exige ação imediata e efetiva.
A situação também é crítica nos oceanos, já que janeiro de 2024 registrou a temperatura média mais alta já registrada na superfície do mar, atingindo 20,97°C. Esse número representa um aumento preocupante em relação aos registros anteriores e evidencia a urgência de medidas para proteger os ecossistemas marinhos.
Um ano de calor extremo
O ano de 2023 e o início de 2024 foram marcados por uma série de recordes de calor em todo o mundo. Desde junho de 2023, cada mês tem estabelecido novos patamares de temperatura, culminando em janeiro de 2024 como o mais quente já registrado globalmente.
Especialistas como Richard Betts, da agência nacional de meteorologia britânica, enfatizam a gravidade da situação e a urgência de ações para limitar o aquecimento global. O momento exige uma resposta coletiva e determinada para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
As previsões indicam que o calor persistirá, mesmo com a redução do fenômeno climático El Niño. Há um alerta claro: sem ação decisiva, os anos futuros podem testemunhar níveis ainda mais altos de temperatura e eventos climáticos extremos.