A partir de março, mulheres de 21 anos de idade poderão se submeter a cirurgia de laqueadura tubária. O procedimento é um dos métodos contraceptivos mais conhecidos e interrompe de forma definitiva a fertilidade. Até então, a idade mínima para realização era de 25 anos. A mulher também precisava ter, pelo menos, 2 filhos vivos e a autorização do companheiro.
A lei mudou em setembro do ano passado e, segundo reportagem do portal de notícias Jota, tem preocupado segmentos da sociedade. Entre eles, inclusive, alguns ligados à causa feminina. O motivo? O crescimento na quantidade desse tipo de cirurgias apontaria para uma falha no alcance de outras políticas públicas contraceptivas.
De acordo com a reportagem do Jota, de 2008 – quando teve início a contagem – até 2022, o número de laqueaduras realizadas anualmente no Brasil subiu 40%. Em contrapartida, o crescimento da população feminina em idade fértil foi de apenas 1,5%.
A mudança na lei dá mais autonomia para a mulher decidir qual métido contraceptivo adotará. A pergunta que fica, no entanto, é: as alternativas à cirurgia estão mesmo disponíveis para todas?
Eficácia dos métodos contraceptivos
A taxa de eficácia de uma laqueadura tubária é de 99%. O segundo método mais eficaz é o DIU (dispositivo intrauterino) que atinge um percentual que varia de 99,2% a 99,8%. A variação depende do modelo, existem os hormonais (mais eficazes) e os de cobre.
A colocação do DIU também é um procedimento menos invasivo que a cirurgia de laqueadura. Mesmo assim, de acordo com a reportagem do Jota, é uma alternativa menos utilizada pelas mulheres brasileiras.
Em 2022, por exemplo, o SUS (Sistema Único de Saúde) implantou DIUs em 70 mil mulheres. Já o número de cirurgias passou dos 90 mil.
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