Política

BR-163: Governo de MT assume concessionária e quer duplicar 36 km em 12 meses

Controladora da concessão da rodovia passa e se chamar Nova Rota, com R$ 1,6 bilhão no caixa para obras

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BR-163: Governo de MT assume concessionária e quer duplicar 36 km em 12 meses
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O governo de Mato Grosso assumiu controle administrativo da concessionária Rota do Oeste. A entrada no consórcio dá o direito de investimento em obras na rodovia BR-163. O estado será o maior acionista do grupo composto por várias empresas. 

O estado será representado pela empresa mista MTPar. Ela entra no negócio com R$ 1,6 bilhão em caixa, que devem ser aplicados nos próximos dois anos em duplicação e manutenção de trechos prioritários da rodovia, ao longo de 800 km. 

“A partir de hoje a concessionária passa a se chamar Nova Rota e a partir de amanhã já daremos as ordens de serviços. Temos que duplicar 440 km de 850 km de concessão. Essa solução que tomados evita o caminho da relicitação, que duraria 5 anos e a tarifa do pedágio dobraria dos R$ 6 para praticamente R$ 12”, disse o governador Mauro Mendes. 

A cerimônia de transferência de controle da empresa foi realizada hoje em Brasília, com a presença do presidente Lula. A estimativa do governo é que as obras comecem neste ano e que, no prazo de 12 meses, ao menos 36 km de pista estejam duplicadas. 

Foram estabelecidos três trechos como de urgência para o início das obras:  

  • Do Posto Gil, em Diamantino, e Nova Mutum, Km 507 ao Km 603 
  • Travessia urbana de Sinop, Km 823 ao Km 834 
  • Parte da Rodovia dos Imigrantes, do km 321,3 ao km 353,5 

Lugar do mercado 

O presidente Lula disse que o estado assumiu as obras da rodovia federal por causa do recuo do setor privado. O governo federal, por sua vez, não teria o dinheiro necessário para investir. 

(Foto: Mayke Toscano/Secom-MT)

“Quero parabenizar o governo pela iniciativa de assumir uma obra que o setor privado não quis. Nós queremos agradecer ao estado de Mato Grosso por assumir uma tarefa que o mercado não quis. Para recuperar esse país, vamos precisar de estado, prefeituras e, quem sabe, precisará que outros estados façam coisa semelhante”, afirmou. 

Empresas dispensaram a concorrência de uma nova licitação da rodovia devido ao baixo retorno financeiro, após a aplicação de dinheiro para obras. O governador Mauro Mendes disse que o preço do pedágio quase dobraria para cobrir os gastos do setor privado. O pagamento seria impraticável para o contribuinte.

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