A empresa British Petroleum (BP) informou que abriu uma investigação interna para apurar a conduta do executivo brasileiro Adriano Bastos. Em nota divulgada nesta terça-feira (8), a direção da BP Brasil diz “reconhecer o compromisso do Brasil com a democracia” e “reforça” a parceria econômica com o governo federal.
“Reconhecemos o compromisso do Brasil com a democracia e reforçamos que estaremos ao lado do governo brasileiro para produzir soluções em energia para o país. A companhia informa que está apurando ocorrido”, diz a nota.
A nota foi publicada após a divulgação da informação de que Adriano Bastos teria ofendido a juíza federal auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), Clara da Mota Santos Pimenta Alves, com agressão verbal e xenofobia.
A informação é da colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo. O caso teria ocorrido em uma pizzaria em Cuiabá, logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente em segundo turno, no dia 30 de outubro.
A magistrada estava em uma confraternização com familiares e amigos no local e o empresário Adriano Bastos teria se aproximado da mesa dela e dito que a vitória de Lula foi garantida por “pessoas que não fazem nada”, num estado “sem PIB”.
A referência seria aos eleitores da Bahia, terra natal de Clara da Mota Santos Pimenta Alves. A juíza, vinculada profissionalmente ao gabinete do ministro Edson Fachi, cumpre a função de juíza-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) até 2023.
Mais cedo, durante a sessão plenária, membros do TRE-MT disseram ter solidariedade à juíza Clara da Mota contra os ataques do empresário.