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Artistas plásticos de MT concorrem a prêmio nacional de arte contemporânea

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Artistas plásticos de MT concorrem a prêmio nacional de arte contemporânea
Babu78 é grafiteiro em Cuiabá

Principais nomes da arte contemporânea de todas as regiões do país concorrem ao Prêmio PIPA, atualmente, um dos mais relevantes em artes visuais no Brasil. Entre os destaques deste ano, o grafiteiro Babu Seteoito e o pintor Gervane de Paula disputam três categorias representando Mato Grosso, entre elas, o voto online, que têm início no dia 15 de junho.

Pelo Mato Grosso do Sul, Ana Ruas segue para seu segundo ano no prêmio, vencedora do voto popular em 2015. Todos indicados pela crítica de arte conterrânea Aline Figueiredo, convidada a integrar o comitê de indicação do prêmio nestes anos, que conta com nomes de referência nacional na curadoria artística.

Criado em 2010 para consagrar artistas já conhecidos no mercado de arte brasileiro, o prêmio é uma parceria entre o Instituto PIPA e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e irá consagrar os vencedores nas categorias Prêmio PIPA, Prêmio PIPA Voto Popular e Prêmio PIPA Online.

No Prêmio Pipa, o vencedor é escolhido por um Juri de Premiação e recebe R$130.000, além da participação no programa de residência artística da Residency Unlimited, em Nova York. Já o vencedor do Voto Popular é premiado com R$ 24.000, escolhido pelo voto de visitantes da exposição dos quatro finalistas que acontece no MAM-Rio, de setembro a novembro de 2018. Ambas as premiações são anunciadas no dia 19 de outubro.

Na categoria PIPA Online, o primeiro e o segundo artista mais votados nos sites do PIPA recebem R$10.000 e R$5.000, respectivamente. A votação acontece em dois turnos, do dia 15 de junho ao dia 6 de agosto, quando os vencedores serão anunciados.

Somente Ana Ruas não participa desta categoria por escolha própria, como explica o gestor da Galeria Mirante das Artes, Willian Gama, assistente de curadoria de Aline Figueiredo. “No voto online, o artista demonstra interesse quando preenchemos a ficha. Ela optou por não participar por já ter ganho em 2015, o que não excluiria a participação”.

A análise é feita através da biografia e dos trabalhos apresentados nas páginas dos artistas no site. São artistas de todas as regiões do país que representam diferentes técnicas, temáticas e perfis, que trabalham com pintura, fotografia, instalação, vídeo, performance e outras mídias. Conheça nossos representantes:

Mato-grossenses na disputa!

Representante da arte contestadora, urbana e periférica, Adão Silva Segundo, veterano em colorir as ruas da capital mato-grossense, Babu78 é um artista multifacetado. Grafiteiro, desenhista, artista visual e arte-educador, atualmente divide sua produção artística entre os murais de rua e as pinturas, desenhos e ilustrações produzidas em seu estúdio.

“Babu78 carrega consigo sua obra protesto que, consciente e politizada, reflexiona a realidade cotidiana de uma sociedade aquém do centro, denúncias postas em muros, telas, papéis ou qualquer superfície que possa sustentar o grito de apelo de quem vive à periferia da sorte e de seus direitos”, descreve a crítica de Amanda Gama e Willian Gama.

“O grafite produzido pelo artista situa, questiona e abre diálogo com a comunidade por meio de sua obra cujo fundo é muito distante da superfície. O tema, nem sempre explícito, requer do espectador atenção não só para a figuração posta, mas para o assunto que pede socorro”.

Saiba mais na página do artista no Site do PIPA.

Gervane de Paula (Foto: Luiz Marchetti)

Já o cuiabano, nascido no bairro Araés, Gervane de Paula integra a geração 80’s em Mato Grosso, movimento artístico marcante para a renovação da trajetória das artes plásticas brasileiras. Desde então vem participando de mostras individuais e coletivas em museus do Brasil e do exterior com suas obras inspiradas na natureza e na cultura de massa, popular e religiosa.

Representante do realismo social, Gervane retrata com sua técnica as mais variadas formas de violência urbana, partindo do cenário local para retratar o mundo em que vive. Sua produção está situada entre a pintura, desenho, objeto e instalação, utilizando diversos suportes e materiais.

“Sua obra dialoga de forma satírica ou dramática e transita entre a crítica e a ironia, a ficção e o real, o possível e o impossível, sem o menor problema. Desnuda temas que estão em debate hoje, não só na sociedade brasileira, mas também mundial”, ressalta texto do professor doutor da UFMT, Laudenir Antonio Gonçalves.

Saiba mais na página do artista no Site do PIPA.

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