Mato Grosso

Alerta no Pantanal: focos de calor em agosto já superam números de julho

Mato Grosso já é líder no número de queimadas no Brasil e Poconé, na região do Pantanal, ocupa o 6º lugar entre os municípios do país

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Alerta no Pantanal: focos de calor em agosto já superam números de julho
(Foto: Jeferson Prado)

O mês de agosto, que geralmente marca o início do período dos incêndios florestais em Mato Grosso, já começou com recorde. Nos 10 primeiros dias, o número de focos de calor – só no Pantanal – foi 62% maior que o registrado em todo o mês de julho.

Ao todo, 1.074 queimadas foram verificados no bioma, segundo o Instituto Centro de Vida (ICV).

Já em comparação com o agosto de 2019, o índice é ainda maior. O aumento chega a quase 500%. No ano passado, 184 focos de calor foram registrados.

“É um cenário bastante preocupante e requer o máximo de esforços para ser mitigado. É enorme o impacto decorrente do que está acontecendo no bioma, tanto em termos da biodiversidade quanto sociais e econômicos”, avalia o representante do ICV, Vinícius Silgueiro.

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Poconé (100 km de Cuiabá) está entre as cidades mais atingidas. O município faz parte do polo turístico da região e é cortado pela Transpantaneira. Neste ano, a cidade ocupa a sexta posição no ranking nacional dos municípios com maior número de queimadas.

No período avaliado, os imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) concentram mais da metade dos focos de calor no Estado. Isso aponta que o fogo tem sido usado por fazendeiros e proprietários rurais para manejo de pastagens.

Para o ICV, os dados reafirmam a necessidade de responsabilização das ocorrências para evitar que situações alarmantes se repitam nos próximos anos.

(Foto: ICV/Reprodução)

Mato Grosso

Em todo o Estado, que abriga três biomas, foram registrados 2.594 focos de calor só nos 10 primeiros dias de agosto. Os dados apontam para um aumento de 7% em relação a todo o mês de julho.

O número também representa o aumento de 30% em relação ao registrado no início de agosto de 2019.

A maior parte dos focos ocorreu no Pantanal (1.074 ou 41%), seguido da Amazônia (936 ou 36%) e do Cerrado (584 ou 23%).

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