Crônicas Policiais

Abusos sexuais: 9 mulheres já denunciaram líder religioso e Polícia busca outras vítimas

Após a prisão do acusado já foram registradas 7 novas denúncias e, por isso, a Polícia Civil acredita que possa existir muitas outras vítimas

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Abusos sexuais: 9 mulheres já denunciaram líder religioso e Polícia busca outras vítimas
(Foto: PJC MT)

Mais 4 mulheres procuraram a Polícia Civil afirmando terem sido vítimas de abusos sexuais praticados por um líder religioso em Lucas do Rio Verde (250 km de Cuiabá). As novas denúnciais ocorreram após a prisão do suspeito, de 63 anos, realizada pela Polícia Civil na última quarta-feira (2), por meio do Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e Mulher, da Delegacia do município.

O acusado passou por audiência de custódia, na quinta-feira (3), e teve a prisão preventiva mantida pela Justiça. Segundo a Polícia Civil, até o momento, 9 mulheres já registraram denúncias contra o acusado.

Interrogado, o líder religioso apresentou suas versões dos fatos, negou as denúncias, e afirmou que realizava os atendimentos espirituais em Lucas do Rio Verde, Sinop e Alta Floresta.

A delegada responsável pelas investigações, Ana Carolinne Mortoza Terra, acredita que, com o avanço dos trabalhos, devem aparecer novas denúncias de outras possíveis vítimas dessas cidades.

As investigações iniciaram após denúncias de 3 mulheres de Lucas do Rio Verde. A primeira denúncia foi registrada em 2020 e as outras duas em junho e julho de 2023. Outras duas possíveis vítimas foram identificadas em Sinop (500 km de Cuiabá).

Segundo a Polícia Civil, o líder religioso teria agido por meio de manipulação psicológica, sob argumentos de conexão e troca energética, colocando, de forma fraudulenta, na mente das vítimas a necessidade de realização de um ritual espiritual.

Acreditando que receberiam uma cura espiritual, as vítimas teriam deixado que o suspeito realizasse toques corporais, que configuraram atos libidinosos. Um dos casos teria chegado ao ato sexual, após ingestão de um chá.

Segundo a delegada, todas as vítimas que fizeram denúncias, até o momento, são mulheres. A delegada Ana Carolinne Mortoza Terra acredita que o líder religioso aproveitava que as vítimas estavam passando por momentos de fragilidade para ludibriá-las.

“Temos vítimas que foram abusadas desde o primeiro atendimento e outras que frequentavam o centro por um longo período, gerando até mesmo uma dependência emocional do tratamento realizado pelo suspeito e das substâncias por ele utilizadas”, disse a delegada.

Para Ana Carolinne, trate-se de um caso complexo, onde há a necessidade de ampla divulgação, tendo em vista a possibilidade da existência de uma diversidade de vítimas.

“Especialmente em Lucas do Rio Verde, Sinop e em Alta Floresta, há a imprescindibilidade de divulgarmos e solicitarmos que qualquer pessoa que passou por situação similar, ou de alguma forma foi vítima desse do líder espiritual, que procure a Polícia Civil para denunciar os fatos”, frisou a delegada.

(Com Assessoria)

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