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A aliados, Blairo diz estar “90% fora” das eleições deste ano

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A aliados, Blairo diz estar “90% fora” das eleições deste ano

Reprodução/Facebook

Blairo Maggi

A política é feita de sinais e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), é um mestre nessa arte. O sinal mais recente emitido por ele chegou aos ouvidos dos seus aliados no último domingo (18). Ele disse que poderia não estar nas eleições deste ano. Ou ao menos é o que ele quer que, neste momento, seus aliados pensem. Em almoço realizado na sua cinematográfica Chácara Bom Futuro, ele disse que está “90% fora das eleições”. Mas o mal da política mora nos detalhes. Neste caso específico, o detalhe são “aqueles 10%”. 

Figuras de peso da política local estiveram por lá. O senador e suplente de Blairo em Brasília, Cidinho Santos (PP), o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), empresários do agronegócio, entre outros. O LIVRE conversou com alguns deles, e todos relataram o mesmo. Blairo disse que estaria fora das eleições. No sábado, contaram, ele teria informado a decisão para a família.  

Caso o ministro desista de se candidatar, a busca por uma vaga no Senado ficará mais aberta a novos postulantes. Com dois postos em disputa neste pleito, Blairo é tido por boa parte do universo político como o principal concorrente a uma delas, dada a sua história política no Estado e a sua popularidade em Mato Grosso. Sem ele, outros postulantes, como o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), teriam um caminho menos espinhoso. 

Blairo, no entanto, ainda terá tempo para rever essa posição. Ele é alvo de ao menos duas denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF), uma no âmbito da Operação Lava Jato, que integra as delações dos membros da Odebrecht, e outra como parte da operação Ararath.

Segundo informam os delatores da maior empreiteira do país, Blairo teria recebido R$ 12 milhões para uma de suas campanhas ao governo do Estado. 

Blairo também é acusado de estar por trás de um esquema de caixa 2 que teria rendido R$ 5 milhões à sua candidatura ao Senado e ao ex-governador Silval Barbosa (MDB), durante sua reeleição ao governo do Mato Grosso, em 2010.

A denúncia, nesse caso, foi feita a partir dos depoimentos de colaboração premiada do ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, à PGR. Segundo consta, ele teria afirmado que o esquema contou com o frigorífico Marfrig, que seria a origem dos recursos ilícitos.

Se não for reeleito senador, Blairo perde direito ao foro privilegiado e poderia cair nas mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela operação em primeira instância.

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