Política

Wilson Santos diz que há deputados estaduais de MT vinculados ao crime organizado

Parlamentar disse que soube de informação ao ser barrado em bairros de Cuiabá, durante a campanha de 2022

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Wilson Santos diz que há deputados estaduais de MT vinculados ao crime organizado
(Foto: Ednilson Aguiar/Arquivo - O Livre)

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) disse que o crime organizado tem aliados eleitos na Assembleia Legislativa. Ele não sabe quem são, mas afirma que “de 4 a 5” parlamentares já teriam pedido favores a faccionados presos. 

A declaração foi dada em entrevista ao site Repórter MT, na semana passada. Wilson Santos disse que soube da relação entre deputados e organizações criminosas na campanha eleitoral do ano passado. 

O deputado disse que foi interrompido por uma pessoa durante passeata em dois bairros de Cuiabá, em setembro. Esse alguém teria se aproximado dele e dito que os eleitores na região já tinham seu candidato, vinculado a uma facção criminosa. 

“Eu estava num pequeno trio elétrico, pedindo voto no bairro. Alguém se aproximou do trio em um carro e disse: ‘Pai, aqui não; aqui nós temos candidato. Pode ir embora’. Terminei e fui embora”, disse. 

Wilson Santos disse que repassou a informação ao então secretário de Segurança, Alexandre Bustamante, no dia seguinte. O secretário quem teria dito a ele que outros parlamentares já o tinham procurado e pedido para que fossem feitas instalações de tomadas em celas de supostos membros de facções. 

“Ele falou: ‘Você é o quarto ou quinto deputado que vem aqui. Mas, o senhor é o primeiro que vem pedir providência. Outros dois, três colegas seus vieram pedir para reinstalar tomadas [em celas], para que os líderes do crime organizado presos possam recarregar seus celulares’. Estou falando isso como homem público e citando o nome do secretário Bustamante. Já tem deputado na Assembleia”, disse. 

Wilson disse que o secretário se negou a passar os nomes dos deputados estaduais supostamente envolvidos. O governador Mauro Mendes disse que não tem informação sobre esses casos e considerou a situação como “grave”.

“É gravíssimo, gravíssimo, se um deputado faz um pedido desses. Tem que colocar o nome, senão ficam os 24 deputados sob suspeita. E isso não é justo, porque se um fez, 23 não podem ficar com essa mancha”, afirmou. 

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