Sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois de contrair a covid-19 é só o primeiro passo. De acordo com a médica Mariana Suzuki, de 30% a 60% dos pacientes acaba com uma complicação que precisa de tratamento específico depois da cura: a fraqueza muscular.
E para contornar esse sintoma, uma técnica que envolve “choques” tem sido bastante procurada em Cuiabá. É a Eletroestimulação Muscular (EMS).
“Os efeitos maléficos provocados pela covid-19 levam um longo prazo para desaparecerem. E a eletroestimulação dos músculos é uma forma de ativação muscular feita por meio de impulsos elétricos que estimulam o sistema nervoso periférico, com resultados comprovados cientificamente”, destaca a Mariana.
O paciente veste uma roupa adequada, com acessórios de braços, pernas, glúteos e coletes e é conectado a eletrodos e cabos para condução do estímulo elétrico. A musculatura, inclusive a mais profunda, passa a trabalhar – e consequentemente se fortalecer – conforme os “choques” são aplicados.
E não só quem passou por uma UTI pode recorrer à técnica. Quem não ficou hospitalizado, mas teve que deixar atividades de lado, por conta do período de quarentena, também pode recorrer ao método.
“A procura cresceu muito nos últimos 30 dias. O tratamento muda de paciente para paciente, por isso, para cada pessoa há exercícios diferentes a serem feitos, respeitando a limitação de cada um”, explica a fisioterapeuta responsável, Andrieli Gregório.
As sessões têm, em média, duração de 20 a 25 minutos e podem ser feitas de um a três vezes na semana.
“Há pacientes realizando apenas uma vez a cada sete dias e apresentando resultados excelentes”, afirma a fisioterapeuta.
Além da reabilitação da musculatura, a eletroestimulação melhora a capacidade pulmonar, a flexibilidade e agilidade do corpo.
Estudos da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, mostraram que o uso da técnica promoveu uma diminuição das dores nas costas, por exemplo, de quase 40% das pessoas que utilizando o método.
Outro destaque foi à redução das queixas de incontinência urinária em 64,7% dos registros.
Em Cuiabá, a Clínica Espaço Sullege Suzuki oferece o serviço.
(Com Assessoria)