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Servidor diz que acredita que Emanuel não recebeu propina

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Servidor diz que acredita que Emanuel não recebeu propina

Ednilson Aguiar/O Livre

CPI do Paletó

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), realiza nesta manhã a oitiva do servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso de Almeida, responsável por enquadrar a câmera usada para gravar o então deputado estadual Emanuel Pinheiro recebendo maços de dinheiro e os colocando no paletó.

As imagens fazem parte do conjunto de provas entregue no acordo de delação premiada do ex-chefe de gabinete Sílvio Corrêa, firmado com a Procuradoria Geral da República. O dinheiro seria propina para que Emanuel apoiasse os projetos do Executivo na época em que era deputado estadual, conforme a oitiva do ex-governador Silval Barbosa, no último dia 23.

Depois que os vídeos da delação foram divulgados, porém, Valdecir protocolou em cartório uma declaração em que dizia que o dinheiro pago a Emanuel não seria propina, mas pagamento de pesquisas eleitorais feitas pelo irmão do prefeito.

Valdecir Cardoso afirmou ser assessor parlamentar do deputado estadual Romoaldo Júnior.

Valdecir negou que tenha instalado a câmera. “Eu fui usado só para centralizar a câmera. Fiquei sabendo da gravação no dia anterior”, afirmou.

Ele informou que trabalhava com Silval Barbosa desde 2003 e que trabalhou como segurança da Assembleia Legislativa durante todo o período em que ele esteve lá.

Questionado se sabia que iriam ser filmado pagamentos aos deputados, Valdecir disse que não. Disse também que não sabia para que era o dinheiro pago. Mas declarou que acredita que o dinheiro recebido por Emanuel Pinheiro nas gravações era referente a pesquisas. “Porque todo dia eu recebia ligação do irmão do Emanuel cobrando pesquisas”, contou.

Ele disse que não estava presente na sala durante as filmagens, mas que mandava os deputados entrarem conforme Silvio lhe interfonava e pedia para chamar.

Valdecir disse que só ficou sabendo que se tratava de corrupção quando viu as imagens no Jornal Nacional.

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