Cidades

Pobreza recua em Mato Grosso, mas ainda afeta quase 1/4 da população

Pesquisa diz que a distribuição de renda melhorou em 2022 e situação favorável ficou mais distante da média nacional

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Pobreza recua em Mato Grosso, mas ainda afeta quase 1/4 da população
Foto: Arquivo/Agência Brasil

A quantidade de pessoas vivendo na pobreza em Mato Grosso caiu no ano passado, mas quase um quarto da população continua em estado de penúria. Mais de 870 mil pessoas estavam nessa condição até o fim do ano passado, segundo estudo do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), divulgado esta semana. 

O estudo ponderou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022. O resultado para Mato Grosso é que 23,3% da população estão abaixo da linha da pobreza. Em 2021, a quantidade equivalia a 30% da população, ou seja, 3 a cada 10 pessoas. 

O instituto considerou como pobreza e extrema pobreza a estimativa do Banco Mundial. Se pessoa sobrevive com média US$ 6,85 por dia ou US$ 2,15, respectivamente. Segundo os dados, a quantia disponível por mês de R$ 665,02 e R$ 208,73, na época. O valor mais alto é menos de 50% do atual salário-mínimo. 

Na contramão, entraram mais pessoas na faixa da extrema pobreza em Mato Grosso, na comparação entre 2021 e 2022. Dois anos atrás, esse grupo representava 3,8% da população e no ano passado 4,1%.  

Comparação nacional 

O estudo aponta que 38,2% da população brasileira vivia na pobreza em 2021 e 33% em 2022. O percentual representava cerca de 10,4 milhões de pessoas. Nos dois anos, Mato Grosso ficou abaixo da média nacional, com maior distância em 2022. 

Os estados com menores índices de pobreza são Santa Catarina (13,9%), Distrito Federal (17,3%) e Rio Grande do Sul (18,2%). Mato Grosso ficou na sexta posição, abaixo de Mato Grosso do Sul (23%). 

Na outra ponta da lista, 9 estados têm mais de 50% de sua população abaixo da linha da pobreza: Maranhão (58,9%), Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Acre (52,9%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%). 

Motivo da queda em 2022 

O pesquisador Pablo Lira, responsável pelo estudo, diz que a pobreza recuou no país em 2022 depois de picos históricos em 2021. A redução foi associada à expansão dos programas de transferência de renda (PTCR), como o Auxílio Brasil, e à melhora no mercado de trabalho 

“Em 2022, ano eleitoral, o governo federal buscava implementar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400. Esse valor foi elevado para R$ 600 pela atuação do Congresso Nacional, o que contribuiu para diminuir a vulnerabilidade social. Ademais, vários governos estaduais e municipais expandiram PTCRs ao longo dos últimos anos”, disse.

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