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Paccola faz pronunciamento e conta detalhes de como teria acontecido morte de agente

Na nota, ele voltou a afirmar que Alexandre estava com a arma na mão e explicou porque achou que Janaína estava em perigo

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Paccola faz pronunciamento e conta detalhes de como teria acontecido morte de agente
(Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

O vereador e tenente-coronel Paccola emitiu uma nota neste domingo (3) em que dá detalhes de como teria acontecido a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagwa, reafirma que o Alexandre estava com a arma em punho e explica porque achou que a namorada do agente, Janaína de Sá, estava em perigo.

Segundo Paccola, ele estava a caminho para um compromisso, por volta das 19h30, quando, durante a conversão da Avenida Presidente Artur Bernardes com a Avenida Senador Filinto Muller, no Bairro Quilombo, em Cuiabá, se deparou com o trânsito parado.

O tenente-coronel notou, também, que diversas pessoas se aglomeravam perto do estabelecimento da esquina da via e, por isso, resolveu descer.

“Diante da situação, como sempre fez em toda sua vida profissional, como oficial da reserva da Polícia Militar, no compromisso de servir e proteger, mesmo com risco da própria vida, desceu do veículo para verificar do que se tratava a situação, já que não havia a presença de nenhuma viatura ostensiva no local”, diz trecho da nota.

Ao se aproximar, ele, a princípio, não viu ninguém armado e achou que fosse apenas uma discussão de trânsito. Por isso, disse a seu assessor que não era nada grave e que já estavam atrasados.

Porém, em seguida, Paccola afirma ter ouvido alguém que estava no meio da aglomeração gritar: “Ele está armado”, e na sequência outra pessoa falar: “Ele vai matar ela”.

Imediatamente, o vereador se virou e foi até a esquina ver o que estava acontecendo na rua ao lado de uma distribuidora. Foi quando ele viu Alexandre com a arma na mão, atravessando, com Janaína de Sa à frente dele.

Acreditando que a mulher estava em perigo, Paccola afirma ter falado: “Polícia, larga a arma”.

Porém, segundo o tenente-coronel, Alexandre, ao invés de obedecer a ordem, fez menção de virar para a direção do policial com a arma na mão. Como reação, para se proteger, Paccola afirma ter atirado mais de uma vez e atingido Alexandre.

Diante da forte reação de Janaína e considerando o risco de alguém pegar a arma de Alexandre, o vereador pediu que seu assessor pegasse a arma do agente socioeducativo, que, segundo Paccola, estava no chão, ao lado da mão direita de Alexandre.

Arma na cintura?

Fotos e vídeos que circularam na internet mostravam algo na cintura do agente socioeducativo e fizeram muitas pessoas acreditarem que seria a arma do agente – principalmente depois de Janaína afirmar em vídeo que Alexandre não estaria com a arma na mão, mas sim na cintura, e que na mão estava com o celular.

O vereador, no entanto, afirmou que o que aparece nas fotos é o coldre rígido da arma.

Assim que a primeira equipe de polícia chegou, a arma de Alexandre, com carregador e munições, foi entregue ao policial. Consta no boletim de ocorrência que Janaína, namorada de Alexandre, tentou pegar a arma do agente quando ela já estava no coldre de um policial.

Paccola ficou no local, acionou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele afirma também ter realizado o isolamento do local, para que fosse feita a perícia.

Depois que a Polícia Militar já estava presente, Paccola disse ter ido para a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e feito sua apresentação espontânea ao delegado.

Direção perigosa

Sobre os relatos do ocorrido antes da morte de Alexandre, relacionados a direção perigosa, que inclusive já foi divulgado em vídeo, ou sobre ameaças a pessoas que estavam na distribuidora, Paccola afirma só ter chegado a seu conhecido após o ocorrido.

“Ressalta o vereador tenente-coronel Paccola que a mistura de álcool, direção e arma é potencialmente perigosa, e geralmente causa danos graves e irreversíveis”, diz trecho da nota.

A DHPP está investigando o caso e acompanhou todo o trabalho da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Quatro delegados apreenderam a arma de Alexandre e de Paccola e ouviram testemunhas e o vereador.

“Foi instaurado um inquérito que irá investigar todas as causas e circunstâncias do ocorrido, que se deu diante de várias testemunhas e de câmeras existentes na região”, frisou Paccola.

Por fim, o vereador expressou sentimentos de pesar a amigos e familiares de Alexandre, agradeceu o apoio que tem recebido e disse que confia no trabalho da polícia, da perícia e da Justiça.

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