Eleições 2018

“Não deixo trabalhadores igual animais e meu patrimônio não cresceu 1000%”, dispara Taques

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“Não deixo trabalhadores igual animais e meu patrimônio não cresceu 1000%”, dispara Taques
(Foto: Felipe Martins/O Livre)

O governador Pedro Taques (PSDB) disparou críticas aos dois principais adversários na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, durante sabatina no LIVRE, nesta sexta-feira (21). Antes focado apenas no ex-aliado Mauro Mendes (DEM), líder nas pesquisas de intenção de votos, agora o tucano mescla com menções a Wellington Fagundes (PR), que está em ascensão.

“Eu não tenho trabalhadores que deixo igual animais, não cresci meu patrimônio em 1200%, não fiquei rico na política, não tenho a política como instrumento de riqueza”, alfinetou, referindo-se a denúncias envolvendo as empresas de Mauro e os bens de Wellington. “Eu tenho o mesmo patrimônio que tive como senador e governador. Veja o patrimônio Wellington, cresceu mais de 1000%, mais do que Bill Gates”, comparou.

“Mauro Mendes quebrou uma empresa que deixou de recolher R$ 90 milhões aos cofres públicos, pois tem incentivos. Está devendo R$ 110 milhões e tem trabalhadores em Rondônia que dizem que foram tratados como animais. Ele tem que explicar à população. Como é possível ser milionário na pessoa física e quebrado na jurídica?”.

Ele lembrou também da greve dos médicos de Cuiabá, que durou quase dois meses, em 2016. “A saúde em Cuiabá estava um caos nos dois primeiros anos da administração Mauro Mendes, Pronto Socorro lotado, 53 dias de greve dos médicos, médicos destratados, os servidores da saúde sendo ofendidos pelo candidato Mauro Mendes. Começou a melhorar com o Hospital São Benedito, custeado pelo Estado e pela União”, disse.

Perda de aliados

Taques apareceu empatado tecnicamente com Wellington nas últimas pesquisas, na segunda posição, chegando a figurar em terceiro em alguns levantamentos. “Eu recebo essas pesquisas com respeito e humildade, mas a melhor pesquisa são as eleições. Tenho certeza que estaremos no 2º turno para ganhar as eleições, quando será tudo igual e termos o mesmo tempo de TV”, afirmou.

[featured_paragraph]O tucano destacou que não foi possível resolver todos os problemas ao longo do seu governo, por isso, busca um segundo mandato. “Alguns entendem que eu deveria ter resolvido os problemas de Mato Grosso em 3 anos e 8 meses. Quero fazer uma confissão, uma delação para vocês: não foi possível, porque é impossível resolver todos os problemas de décadas de irresponsabilidade de Mato Grosso”, afirmou.[/featured_paragraph]

Ele observou, ainda, que perdeu muitos aliados que tinha nas eleições de 2014, alguns dos quais se tornaram adversários. “Eu fui eleito com um arco político muito grande. Algumas pessoas pensaram que eu seria um fantoche, e eu não sou. Tenho a opinião formada. Não farei tudo para ganhar esta eleição, não descumprirei a lei. Eu não desejei privatizar a Unemat, o Indea, não deixei de pagar o aumento dos profissionais da educação. Alguns disseram que eu errei”, declarou.

Delações e operações

Alvo de delações premiadas originadas da Operação Rêmora, ele afirmou que tratou a corrupção em seu governo de forma diferente do que era tratada em gestões anteriores. Ele afirmou que não recebeu dinheiro ilegal em sua campanha ao governo em 2014.

[featured_paragraph]“Existiu corrupção na nossa administração. A diferença é forma que você trata. Eu não passei a mão na cabeça de ninguém. Exoneramos o secretário e determinamos a investigação. Qualquer corrupção é muito grave. Mas falam em R$ 56 milhões, e isso é mentira, R$ 400 mil é o valor que, em tese, o Estado teria sofrido prejuízo. Não compactuamos com a corrupção”, disse. [/featured_paragraph]

Taques evitou comentar as acusações que pesam sobre o primo Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil, que passou mais três meses preso suspeito de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), e descartou a possibilidade de trazê-lo de volta ao staff caso ele seja inocentado. “Nem ele quer voltar ao governo. Tem mais de ano que eu não faço com ele”, disse.

Veja o vídeo da sabatina na íntegra:

Sabatina LIVRE

Conduzidas pelo diretor do LIVRE, Guilherme Waltenberg, e pelo repórter Victor Cabral, as entrevistas são realizadas com os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado por Mato Grosso e transmitidas ao vivo pelo Facebook. Cada live tem duração de 30 minutos.

Confira as entrevistas já realizadas:

Governo do Estado

Arthur Nogueira estreia sabatina dos candidatos no LIVRE

Moisés Franz crítica político que pede mais quatro anos para cumprir o que prometeu

Procurador Mauro diz que não acha justo abrir mão de salários para participar de campanhas

Mauro Mendes sobre Taques: “Está com obsessão com meu nome, deve estar sonhando comigo”

Senado

Em sabatina, Fávaro diz que Taques deixa o governo pior do que recebeu de Silval

Candidato ao Senado, Sachetti defende legalização da maconha em sabatina

Em sabatina, Selma diz que Taques foi plano B e pede para eleitores votarem nela e no Procurador Mauro

Gilberto Lopes compara “barões do agronegócio” a traficantes

Candidato critica alianças partidárias de adversários: “interesses circunstanciais”

Candidato ao Senado, Aladir diz que Silval foi o melhor governador para os servidores

Procurador Mauro diz que não acha justo abrir mão de salários para participar de campanhas

Waldir Caldas classifica como imoral afastamento de cargo para campanha: “duplamente afetando o erário”

“O Estado tem que deixar de enfiar a colher na vida particular das pessoas”, diz Maria Lúcia, do PCdoB

Leitão diz que Selma rompeu pois estava se perdendo na busca por um “rótulo ideológico”

 

Confira a agenda das próximas sabatinas:

Governo do Estado

Wellington Fagundes (PR) –  27 de setembro, às 15h

Senado
*O candidato a senado Jayme Campos (DEM) ainda não confirmou presença na sabatina do LIVRE

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