Com as chamas do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi embora também considerável acervo sobre a história de Mato Grosso, com peças recolhidas desde o período colonial. Em exclusividade para o LIVRE, a assessoria do museu disse que ainda não é possível levantar quais obras foram ou não perdidas, mas confirma que dentre elas haviam objetos de estudo científico sobre o Estado.
De acordo com a assessoria, entre os 20 milhões de itens perdidos, estavam um rico acervo bibliográfico – livros, folhetos, periódicos, multimeios, in-fólios e e documentos cartográficos, dentre outros.
Também estavam expostos exemplares de animais conservados a partir da técnica da taxidermia, representando a biodiversidade e itens de acervos etnográficos e arqueológicos que pertenciam aos Departamentos de Antropologia, de Botânica, de Entomologia, de Geologia e Paleontologia.
Os brasileiros estão comovidos com a tragédia que consumiu parte da história do país e era considerado um dos maiores do mundo. O fogo começou por volta das 19h30 desse domingo (2) e só foi controlado no fim da madrugada desta segunda-feira (3).
Segundo informações do Museu Nacional e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro a maioria das obras foi consumida pelas chamas. Salvaguardados no local, estavam mais de 20 milhões de itens. O museu localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, recebia anualmente mais de 200 mil visitas todos os anos.
Para muitos, o museu foi vítima de descaso do poder público, já que ainda em 2004, um laudo havia sido enviado ao Governo Federal aprontando o risco de incêndio no Museu Nacional. O Museu ainda este ano recebeu R$ 24 milhões no 1º semestre e R$ 21,7 milhões em junho vindos do BNDES, mas as obras para segurança do prédio que poderia ter evitado o incêndio, não foram realizadas.
