A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) decidiu arquivar a sindicância que apurou a responsabilidade do procurador de Justiça Paulo Prado em um caso revelado no âmbito da Grampolândia Pantaneira. Trata-se da doação de placas Wytron, utilizadas por um núcleo clandestino de interceptações telefônicas, instalado na Polícia Militar.
O caso veio à tona com o reinterrogatório de militares envolvidos no esquema, em julho. Segundo informaram, Paulo Prado, quando procurador-geral, teria doado as placas que seriam do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) à Polícia Militar.
Diante da repercussão do caso, o atual procurador-geral, José Antônio Borges, anunciou a abertura de nove procedimentos de investigação, sobre diversos pontos levantados pelos militares.
Segundo informou o MPE, a sindicância aberta contra Prado, chefiada pelo procurador João Augusto Gadelha, corregedor-geral adjunto, concluiu não haver “justa causa” para instaurar um processo disciplinar administrativo contra o procurador.
O órgão também destacou que não ficou comprovada a violação de seus deveres funcionais.
De acordo com o que informaram, foram ouvidos promotores, procuradores e militares envolvidos no caso. Também foram analisados documentos relacionados à compra das placas.
Ao finalizar o relatório, o procurador ponderou que não seria possível confirmar a numeração das placas usadas pelo Gaeco e pelo núcleo de grampos ilegais, uma vez que o equipamento foi lançado no Rio Cuiabá, segundo o cabo PM Gerson Luiz Corrêa.
O corregedor-geral adjunto também garantiu que os depoimentos apontam para a isenção da participação de Paulo Prado.
(Com assessoria)