Judiciário

MPE abre nove investigações após declarações de militares

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MPE abre nove investigações após declarações de militares
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O reinterrogatório de três miliares envolvidos no esquema de interceptações telefônicas clandestinas, conhecido por Grampolândia Pantaneira, resultou na instauração de nove investigações no âmbito do Ministério Público de Mato Grosso (MPE).

Conforme o MPE, as investigações estão sendo conduzidas pelo procurador Domingos Sávio de Barros Arruda, que coordena o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal). Para auxiliá-lo, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, designou o promotor de Justiça Amarildo César Fachone.

Em síntese, os militares acusaram o Ministério Público de promover, de forma rotineira, a prática de barriga de aluguel – isto é, a inserção de telefones de pessoas comuns em uma relação de investigados – para deflagração de operações. Uma lista com pelo menos 14 ações do Gaeco, que teriam sido pautadas pelos grampos ilegais, foi entregue à Justiça.

O procurador-geral pontuou que, embora, na sua visão, as acusações, em sua grande maioria, tenham sido feitas sem o mínimo de provas, serão apuradas. “Caso tenham procedência as investigações deverão ser aprofundadas para melhor esclarecimento dos fatos”, explicou.

Os procedimentos instaurados são em caráter preliminar e servirão apenas para apontar se há o mínimo de procedência nas acusações levantadas pelos militares, ouvidos pela 11ª Vara Criminal nos dias 16 e 17 de julho.

A íntegra do interrogatório dos militares já foi solicitada ao juiz Marcos Faleiros, que conduziu a sessão. Confira aqui o que disseram os militares.

Na Assembleia

O depoimento dos militares teve grande repercussão não apenas entre os membros do Ministério Público, mas também entre os deputados estaduais. Na última semana, a deputada Janaina Riva, que teve o celular grampeado de forma ilegal mais de uma vez, pediu explicações ao chefe do MPE sobre as denúncias.

Antônio Borges chegou a ir na ALMT nessa terça-feira (23), onde foi ouvido por todos os deputados. Contudo, os parlamentares ainda não descartaram a possibilidade de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

(Com assessoria)

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