O governador Mauro Mendes sinalizou ontem (10) que pode desistir de assumir o controle e as obras da concessionária Rota do Oeste na rodovia BR-163. A negociação de dívidas com o Banco Pine estaria travada e o impasse atrasa a conclusão da transferência do controle para o estado.
Segundo Mauro Mendes, é a única instituição financeira que ainda não aceitou a proposta para a redução das dívidas. A oferta do governo é para cortar pela metade o tamanho da dívida que a Rota do Oeste tem em aberto.
“Nós estamos dependurados em um único problema chamado Banco Pine. O que está emperrando é a questão do desconto. A imposição do projeto [de transferência de controle administrativa] é que os credores da Rota do Oeste deem 50%. Eu dei prazo até o mês que vem. Se não der certo, explode tudo”, disse.
O governo diz que a redução dívida é necessária por causa dos investimentos que serão necessários para executar as obras de manutenção e duplicação das pistas da BR-163, ao longo de 800 km.
A MT-Par calcula despesa de R$ 1,2 bilhão em dois anos, a partir de 2023. Cerca de R$ 300 milhões já estariam em caixa para iniciar os trabalhos. Mas, a demora na negociação com o Banco Pine já aperta o cronograma montado pelo estado.
Quando a negociação com a Rota do Oeste foi divulgada, em outubro do ano passado, a previsão era que as obras começassem entre fevereiro e março. Mas, no começo do mês, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), responsável pela autorização de transferência, estendeu o prazo para a conclusão do acordo por mais 60 dias.