O ex-delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso Adriano Peralta irá lançar um novo livro no dia 15 de maio. “Memórias de Um Chefe de Polícia” é editado pela All Print e estará disponível em lojas físicas e virtuais. A obra também será lançada na 25ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, no dia 04 de agosto.
Em Cuiabá, o lançamento será realizado na Livraria Janina do Pantanal Shopping, das 19h às 21h. Peralta é delegado em Mato Grosso desde 1997 e comandou delegacias no interior e na Capital até chegar ao comando da Polícia Civil em 2015. Diversas operações que tiveram sua participação são relembradas na obra.
Em “Memórias de Um Chefe de Polícia”, seu terceiro lançamento, o delegado conta histórias sobre os bastidores da Segurança Pública no Estado. Peralta fala sobre investigações, que vão de casos curiosos encontrados em sua trajetória até a organização do sistema de polícia em Mato Grosso.
Entre os casos comentados está o do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, conhecido como Comendador. O delegado cita o governador Pedro Taques (PSDB), que era um dos procuradores responsáveis no Ministério Público Federal por processar aquele que era considerado o principal nome do crime organizado em Mato Grosso.
No livro, Peralta lamenta a falta de um dispositivo como o da colaboração premiada à época, indicando que outros nomes de igual importância poderiam ter sido punidos. “Espera-se que um dia o próprio Comendador escreva sua biografia e descortine toda aquela teia que imperava ao seu redor”, escreve o autor.
O delegado faz uma análise do sistema político a partir da perspectiva de quem vive o dia-a-dia do combate à criminalidade. Peralta critica os esquemas de corrupção e a demagogia comuns à política.
“Em um dos casos, na cidade de Sinop, fizeram até um abaixo assinado colhendo milhares de assinaturas dos cidadãos que eram favoráveis à instalação de uma unidade policial dessas (é algo como passar uma lista na empresa pedindo para assinar aqueles funcionários que querem aumento de salário). O curioso é que nenhum deles destinava um centavo sequer de suas emendas para que a delegacia fosse instalada“, diz trecho do livro.
A obra ainda traz relatos da vida pessoal do delegado, além de casos curiosos com o do “Sherlock Holmes de Mato Grosso”, um investigador de características peculiares que solucionava crimes em uma pequena cidade do interior do Estado.
